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Caso Bernardo: pai do garoto vira réu pelo crime contra o filho

Por querer ver o filho longe da família materna, Paulo Osório deu remédios controlados ao garoto e viajou com ele para o Estado da Bahia, onde escondeu o cadáver após Bernardo falecer

Redação Jornal de Brasília

08/01/2020 12h05

Vítor Mendonça e Willian Matos
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O Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) acatou denúncia do Ministério Público (MPDFT) contra Paulo Roberto de Caldas Osório, que confessou ter matado o filho Bernardo, de 1 ano e 11 meses, no dia 29 de novembro de 2019. Paulo Osório agora é réu pela morte e pela ocultação do cadáver de Bernardo.

O pai de Bernardo está preso desde 2 de dezembro no Departamento de Controle e Custódia de Presos (DCCP), no Complexo da Polícia Civil, no Parque da Cidade.

Caso Bernardo

Paulo Roberto de Caldas Osório, pai de Bernardo, sequestrou o filho no dia 29 de novembro. O homem buscou a criança em uma cheche, na 906 Sul. No carro, Paulo dopou a criança com uma medicação para insônia de uso restrito, utilizada pelo assassino por meio de receita médica.

Na casa do pai, na 712 sul, Bernardo passou mal em alguns momentos. Após dar banho na criança, Paulo então o colocou na cadeirinha de segurança do carro e seguiu para a Bahia. Segundo o assassino, Bernardo foi colocado no carro dormindo. A ideia era dar um “susto” na mãe.

 

No caminho da BR-020, o assassino parou para abastecer e percebeu que a criança já estava morta. Paulo seguiu viagem e na divisa entre Goiás e A Bahia, abandonou o corpo do filho e a cadeirinha.

Na sexta-feira (1), um morador do povoado de Campos de São João (BA) entrou em contato com as autoridades, informando que havia encontrado um corpo com as mesmas características de Bernardo, e a cadeirinha de segurança.

O delegado Leandro Ritt, acompanhado de três policiais e da avó do menino, Juciane Nascimento, viajaram em uma aeronave da Polícia Civil do DF. O cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da Bahia.

Em estado de decomposição avançado, a identificação do corpo só foi possível através de exames de DNA, embora um colar de âmbar e a cadeirinha indicarem que o cadáver era de Bernardo.

Enterro de Bernardo só foi realizado 11 dias depois da morte, uma vez que Paulo Osório desapareceu com o garoto por três dias. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

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