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Brasília

Candidatos relatam irregularidades no concurso público para professor temporário do DF

Os concurseiros reclamam de desorganização, descaso e possível fraude por conta da abertura de malotes sem a presença de nenhum candidato para atestar a inviolabilidade dos envelopes

Carolina Freitas

27/11/2023 17h54

Foto: Divulgação

Candidatos do concurso público para professor temporário, da Secretaria de Educação do Distrito Federal, realizado ontem (26), relatam irregularidades no local de prova no Centro de Ensino Médio 1 do Guará. Ao chegarem na escola, os concurseiros isentos por serem doadores de medula óssea foram surpreendidos com ausência de nomes na lista e malotes de provas abertos.

Os concurseiros reclamam de desorganização, descaso e possível fraude por conta da abertura de malotes sem a presença de nenhum candidato para atestar a inviolabilidade dos envelopes de prova. A banca responsável pelo concurso é o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades).

Segundo Possídio Júnior, candidato a professor temporário na área de contabilidade, o seu nome e dos demais concurseiros isentos por serem doadores de medula óssea não constavam na lista dos homologados divulgada na semana anterior ao concurso. Mas todos entraram em contato com o Iades, que informou que iria arrumar e divulgar a nova lista.

Uma nova lista não saiu, mas com o comprovante em mãos, os candidatos foram ao local realizar a prova. “Nunhum candidato da isenção estava na lista de inscrições homologadas, mas todos nós temos a confirmação de inscrição”, pontuou Possídio.

Para resolver a situação, o coordenador do Iades, no Centro de Ensino Médio 1 do Guará, solicitou à banca um novo malote de provas sem nomes. Ao chegar no local, o malote foi aberto sem a presença dos candidatos e redistribuído de acordo com a área de atuação dos professores.

“A coordenadora informou que o malote tinha sido aberto na sala da coordenação, e lá mesmo eles montaram os pacotes de sala. Nós não temos certeza sobre a lisura do processo seletivo porque eles abriram o malote sem a presença de nenhum candidato para fiscalizar essa abertura, e levaram para sala envelopes montados na própria escola”, frisou Possídio.

O candidato a professor substituto de contabilidade informou, ao Jornal de Brasília, que irá realizar um boletim de ocorrência contra o Iades. Além disso, os candidatos pretendem formalizar um requerimento coletivo no Ministério Público contra o concurso. “Quando a gente reclamava a própria organização, com tom de deboche, falou para a gente entrar na Justiça, fazer um boletim de ocorrência. Agiram com bastante ignorância também”, finalizou.

A prova estava prevista para iniciar às 9h10, com fechamento dos portões às 9h, mas somente às 10h38 cerca de 60 candidatos doadores de medula óssea começaram a prova. Mesmo com o atraso, a banca disponibilizou todo o tempo determinado de prova para que os candidatos não fossem prejudicados com horas a menos.

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