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Brasília

Ato no Dia Mundial sem Carro alerta sobre a carro-dependência em Brasília

O objetivo do ato é chamar a atenção da sociedade sobre a necessidade de se fazer uma reflexão sobre a dependência dos veículos motorizados

Afonso Ventania

22/09/2023 12h54

Foto: Uirá Lourenço

No Dia Mundial sem Carro, celebrado nesta sexta-feira (22), um grupo de ciclistas se reuniu na plataforma da Rodoviária do Plano Piloto e pedalou até a Câmara Legislativa do Distrito Federal. Além dos amantes da bicicleta, participaram cicloativistas da ONG Rodas da Paz, membros da Rede Urbanidade, representantes da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) e promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Algumas pessoas também participaram usando monociclos elétricos.

O objetivo do ato é chamar a atenção da sociedade sobre a necessidade de se fazer uma reflexão sobre a dependência dos veículos motorizados. Apesar da baixa umidade e da onda de calor, muitas pessoas apareceram para apoiar o movimento. “É uma oportunidade para pensar a cidade para pessoas e não só para veículos motorizados. Aproveitamos para pedir aos gestores públicos do setor de mobilidade urbana reverem o modelo atual que prioriza o uso dos automóveis”, aponta o cicloativista e servidor público, Uirá Lourenço.

A iniciativa da ação foi da Rede Urbanidade, coletivo formado pelo MPDFT, por intermédio da Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), em parceria com a sociedade civil organizada, para promover a mobilidade sustentável e o transporte coletivo no DF. De acordo com o promotor de justiça Dênio Augusto, a mobilidade precisa ser pensada e planejada de forma integrada. “Nossa política de mobilidade, os investimentos e as obras ainda são muito voltadas para o carro. É necessário inverter essa equação urgentemente e investir em calçadas para atender os pedestres e pessoas com dificuldades de locomoção e também no transporte público”, afirma.

O promotor ressalta ainda que as autoridades precisam ouvir a sociedade civil. “As pessoas têm necessidades que precisam ser conhecidas pelos gestores. Muitos sofrem no transporte público lotado e nos congestionamentos. É desumano. Estamos à beira de um colapso no trânsito e, sobretudo, ambiental”. Segundo ele, o MPDFT vai enviar nos próximos dias ao Executivo local um documento com sugestões que foram debatidas entre especialistas e órgãos dos governos do DF e federal. “Nesse documento apontamos quais são as medidas mais urgentes e necessárias para discutirmos efetivamente sobre uma mobilidade mais sustentável”, conclui.

O diretor de Ciclomobilidade da Semob, Silas Lemos, que também pedalou ao longo de todo o percurso, diz que o governo está atento à situação. “A Semob está trabalhando para melhorar as condições para os pedestres e ciclistas brasilienses. Estamos em fase de planejamento para melhorar a integração, a sinalização e a iluminação das ciclovias aqui na capital federal”, informa.

Policiais ciclistas do 6 Batalhão da Polícia Militar do DF, que atendem a Esplanada dos Ministérios e a Vila Planalto, garantiram a segurança dos participantes. Para o atleta e servidor público, Kiko Ramiro, a bicicleta não é apenas para praticar esporte. É uma ferramenta social que pode ser usada para o laser e para o deslocamento das pessoas na cidade. Seja para a diversão ou como meio de transporte para o trabalho”.

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