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Brasília

Assembleia de professores fará avaliação dos primeiros dias de retorno às aulas presenciais

Mesmo antes da primeira reunião, sindicato já identifica problemas que precisam ser resolvidos para manter as aulas presenciais

Lucas Neiva

11/08/2021 5h00

Atualizada 10/08/2021 20h04

Está marcada para esta quarta-feira (10) a primeira assembleia do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) para que os profissionais possam avaliar as condições das escolas da rede pública durante os primeiros dias de aulas presenciais no Distrito Federal. Antes mesmo da avaliação oficial, o sindicato já observa alguns problemas que, se não resolvidos, podem representar risco para a saúde dos alunos e funcionários.

Os primeiros problemas percebidos pelo Sinpro dizem respeito à infraestrutura de parte das escolas públicas. “Temos escolas onde as janelas não são adequadas, ou simplesmente não tem janelas em sala de aula. Além disso, temos crianças sem máscaras adequadas. As máscaras são grandes e as escolas não receberam máscaras infantis, então as famílias estão precisando providenciar”, conta Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro-DF.

As escolas também sofrem com falta de recursos humanos necessários para a manutenção das medidas de prevenção da covid-19, conforme conta a diretora sindical. “Muitas escolas não têm porteiros, criando dificuldade para regular a entrada de pessoas e aferir a temperatura”, alerta Rosilene.

Mas a maior preocupação do sindicato é com o protocolo de testagem de infecção. “O protocolo de como agir quando se tem alguém infectado ou sob suspeita não nos foi encaminhado, e nem se isso cria a necessidade de testar todo mundo. Acreditamos que deva haver uma testagem preventiva inclusive, porque com isso se evita o vírus de se propagar”, afirma.

O sindicato também teme que, sem um protocolo estabelecido para a realização das testagens, os funcionários das escolas acabem sofrendo prejuízo ao arcar com testes por conta própria. “Não dá para os funcionários ficarem tirando R$100 reais a cada suspeita para fazer um teste. Até porque uma escola não tem só professores, lá também trabalham pessoas com salários muitos inferiores”, exclama a diretora.

A assembleia de hoje tem por objetivo escutar os professores sobre outras possíveis queixas, bem como averiguar as já existentes. Rosilene avalia que, mesmo com os problemas descritos, ainda não há o que se falar sobre interrupção das aulas presenciais ou greves. “Até agora não se identificou nenhum grande problema. Todos os que observamos até agora são questões que podem ser solucionadas”, explica.

O Governo do Distrito Federal e a Secretaria de Educação foram procurados pela reportagem para se manifestar sobre as questões levantadas pelo sindicato. Até o fechamento da matéria, não houve resposta.

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