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Brasília

Assassino de policial é encontrado no Goiás e morre em troca de tiros com a polícia

Foragido após matar a companheira, na última sexta-feira, Leandro Peres Ferreira foi morto pela PMGO na madrugada desta segunda-feira

Mayra Dias

14/08/2023 19h09

Considerado foragido após matar a ex-companheira e policial civil Valderia da Silva Barbosa Peres a facadas na última sexta-feira (11/8), Leandro Peres Ferreira foi morto pela Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) na madrugada desta segunda-feira (14/8) em Porangatu (GO), após troca de tiros.  O autor foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Municipal de Porangatu, no entanto, morreu na unidade. 

Portando um revólver calibre 32, Leandro, de 46 anos, foi localizado em uma estrada de terra às margens da BR-153, andando sem a bicicleta utilizada no dia da fuga, quando foi encontrado pelos agentes. De acordo com a PMGO, ele reagiu à abordagem policial e iniciou-se uma troca de tiros. Uma equipe da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) também estava na cidade em busca do suspeito, mas não participou do confronto. 

Após cometer o crime, Leandro fugiu de bicicleta e era procurado desde então. Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que o criminoso saiu de uma loja, em Taguatinga, onde pegou uma bicicleta, por volta das 12h26. Leandro estava vestido com uma camiseta e bermuda azul e usava boné e óculos de sol. 

O crime bárbaro ocorreu na manhã da última sexta-feira (11), por volta das 12h30, quando o plantão policial da 21ª Delegacia de Polícia tomou conhecimento de um trágico caso de feminicídio, envolvendo uma policial da DEAM 2. Segundo a PCDF, desde que se separou da mulher, há cerca de 40 dias, Leandro Peres havia voltado a morar com a mãe, em Taguatinga. As investigações da polícia apontam que o suspeito planejou o crime em detalhes. 

Ainda de acordo com a Polícia Civil, desde o momento da notícia do crime, as equipes de investigação da 21ª DP se mobilizaram em uma operação de busca e captura do suspeito. As primeiras investigações indicaram que o ex-companheiro de Valderia permaneceu durante três horas no condomínio onde a vítima morava com os dois filhos, aguardando a mulher chegar em casa, o que confirmou a hipótese de que o homem premeditou o crime. O veículo utilizado no assassinato foi encontrado abandonado na casa da mãe do suspeito. Posteriormente, o feminicida sacou dinheiro em uma agência bancária para financiar a própria fuga. 

A PCDF informou também que, no dia seguinte do crime, informações levaram a polícia à cidade goiana de Porangatu, onde o suspeito estava escondido. Uma dica, segundo a corporação, veio de um motorista de aplicativo, que ficou desconfiado após o passageiro oferecer a quantia de R$ 3 mil, em espécie, para uma viagem até o Estado do Maranhão. A partir dessa informação, a Polícia Militar de Goiás iniciou um patrulhamento nas imediações do endereço informado e nas principais vias de acesso da cidade. 

Cortejo e homenagens 

Valdéria recebeu as últimas homenagens de familiares e colegas nesta segunda (14). O caixão da agente percorreu ruas do centro de Brasília em uma viatura do Corpo de Bombeiros e foi seguido por carros da Polícia Civil. 

O cortejo fúnebre de despedida e homenagem à policial começou às 13h. A saída do comboio contou com a participação e apoio de equipes do CBMDF, PMDF, Detran e das Divisões de Operações Especiais e Aéreas— DOE/DOA, da Polícia Civil do DF. O caixão de Valdéria estava coberto de flores e com uma bandeira do Brasil. Havia ainda uma bandeira com os dizeres “Segurança pública em luto”, em uma das laterais do caminhão do Corpo de Bombeiros. Do outro lado do veículo, foi exposta uma homenagem vinda de seus colegas: “Val, eternamente em nossos corações”.

A comitiva saiu do Ed. Sede  da Delegacia-Geral da PCDF, que fica no Complexo Policial, ao lado do Parque da Cidade, seguiu pelo SIA até o Eixão Sul e finalizou no estacionamento do Campo da Esperança, na Asa Sul. Às 14h, foi realizado o velório e a cerimônia de honras fúnebres à policial.  

Seguiu-se, então, pelos Eixos Sul e Norte de Brasília, passando pela rodovia BR-020 até a cidade de Formosa/GO, onde  o corpo da policial foi cremado em cerimônia restrita  à família. 

O crime 

Valderia foi brutalmente assassinada, com mais de 64 facadas, segundo laudos preliminares do Instituto de Medicina Legal (IML). A agente foi encontrada morta, pelo filho de 23 anos, no banheiro de casa, em Arniqueira, na tarde de sexta-feira (11/8). O crime foi o 23º caso do tipo registrado na capital do país neste ano, segundo o Painel de Feminicídios do Distrito Federal. 

A violência do ataque impressionou os investigadores. “Nunca vi uma situação tão brutal, tão horrível como essa”, destacou a delegada-chefe da Deam 2, Letízia Lourenço.

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