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Brasília

ARTIGO: Foram 3.949 dias felizes

Jornal de Brasília

10/08/2022 13h25

Atualizada 08/09/2022 17h34

Artigo publicado em 31 de maio de 2010 por Jorge Eduardo Antunes, ex-editor-chefe do Jornal de Brasília. Leia na íntegra: 

“Tudo começou no dia 6 de novembro de 2000. Ainda me lembro do nervosismo, apesar de não ser mais um garoto à época. A reportagem? CPIs no Congresso sobre futebol. Ali começava minha trajetória no Jornal de Brasília, na época como repórter, sob o comando de Paulo Pestana, diretor de Redação, e Sylvio Guedes, editor-chefe. Aprendi, com os dois, muitas lições de organização, que serviram para auxiliar o Carlos Honorato, quando este substituiu o Pestana, em agosto de 2003. Como o Sylvio também saiu, Honorato me convidou para ocupar o lugar dele. E teve paciência para me ensinar mais lições, até que, em dezembro de 2006, também passou o comando, desta vez para mim.

De lá para cá, foram outras lições, aprendidas com meus colegas de redação, desde os meus editores executivos, como Marcelo Ágner, Marcelo Moura, Fábio Grecchi e Maria Eugênia, aos estagiários e pessoal de apoio. Também recebi valiosas lições dos proprietários que o jornal teve e tem, Fernando, Lourenço, Lombardi. E de vários parceiros de outras áreas da empresa, como o Lauro, da gráfica; o Eduardo, do comercial; e o Roberto, da auditora, 

Nestes 3.494 dias que vivi no Jornal de Brasília me transformei num homem mais feliz, maduro e profissional. Cresci, nesses nove anos, seis meses e 25 dias, o que não havia crescido nos 35 anteriores de minha vida. E imaginava que só sairia daqui aposentado. 

Mas a vida tem seus mistérios… Uma noite, toca meu celular. Um executivo de outra empresa de comunicação me chama para conversar. Faz uma proposta irrecusável. Estava instalado o dilema: ficar ou sair? E se sair, como deixar essa história feliz para trás? 

Ouvi, claro, a família, que deu sua opinião, mas sem pressão. Depois, meus patrões. Pensei, refleti e decidi ir. Não sem deixar de chorar, como estou fazendo agora, quando escrevo meu último artigo para agradecer a meus maiores amigos nesta passagem pelo jornal: os leitores. 

Foi por vocês que acordei cedo e dormi tarde; que perdi almoços, jantares, festas de família; que cancelei férias; que sofri, sorri, chorei. E querem saber de uma coisa? Não me arrependo. Foi o leitor quem mais me ensinou.

Não podia, portanto, partir sem dizer algumas palavras de despedida e agradecimento. Obrigado a todo mundo com quem convivi nestes 3.494 dias no Jornal de Brasília, que se encerram hoje. Obrigado aos grandes jornalistas que já se foram deste mundo, como o Mássimo, o Zé Luiz e o Hamilton, que foram meus colegas aqui. E obrigado a meus atuais comandados, meus colegas de outras áreas, meus patrões e a vocês, leitores.

Para compensar o travo de tristeza que fica nesta hora, vou dar uma boa notícia. A partir de amanhã, quem comandará a redação do Jornal de Brasília é a competente Maria Eugênia, que sempre me apoiou muito aqui. Com certeza, deixo o jornal e os leitores em boas mãos. 

Sorte, Eugênia!

Um abraço, leitores!”

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