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Brasília

Após primeira morte, Saúde alerta para gravidade da ômicron

O homem, de 68 anos, estava internado e era portador de uma doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial

Redação Jornal de Brasília

06/01/2022 17h09

Foto: Agência Brasil

Elisa Costa e Geovanna Bispo
[email protected]

Após o registro da primeira morte pela variante ômicron da covid-19 no Brasil, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal alertou para a gravidade da cepa.

“É natural que os idosos e pessoas com comorbidades sejam mais suscetíveis (ao vírus). E, por isso, são aqueles que nós mais investimos para alcançar com a vacinação. Então, isso é um alerta para que isso seja mais um motivo para nos vacinarmos e nos protegermos”, explicou o subsecretário da Coordenação de Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno ao Jornal de Brasília.

O primeiro óbito pela variante ocorreu em Aparecida de Goiânia, em Goiás. O homem, de 68 anos, estava internado e era portador de uma doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. A vítima estava vacinado com as duas doses das vacinas contra a covid-19 e a dose de reforço.

“Mesmo que a gente se vacine contra a covid, elas não vão fazer com que a gente não se contamine. A gente pode se contaminar, a gente pode transmitir. Mas ela evita a maior parte dos eventos graves e desfechos como esses. Se não estivéssemos vacinados e se não incentivássemos essa vacinação, muitas outras pessoas nessas condições clínicas viriam a óbito”, completou a secretária de Atenção Integral à Saúde, Paula Zeni.

Mesmo com o alerta, nesta quinta-feira (06), a pasta informou, em entrevista coletiva, que todos 31 casos da cepa anteriormente detectados já estão curado. De acordo com a secretaria, 26 desses casos eram de viajantes e cinco de transmissão comunitária, ou seja, daqueles que não tiveram contato com os viajantes e mesmo assim se infectaram.

De acordo com a pasta, 26 desses casos eram de viajantes e cinco de transmissão comunitária, ou seja, daqueles que não tiveram contato com os viajantes e mesmo assim se infectaram.

Aumento de casos e diminuição de óbitos

Mesmo com a alta no número de casos e na Taxa de Transmissão, o DF se mantém estável em relação a óbitos e internações por covid-19. Esse fato, segundo a Secretaria de Saúde, está relacionado ao fato de que 84,68% (2.124.910) dos brasilienses estão completamente vacinados contra o vírus.

No dia 20 de dezembro, por exemplo, a Taxa de Transmissão estava 0,84 e a taxa ocupação dos leitos de UTI e UCI exclusivos para a covid era de 53% e 49%, respectivamente. Já na última quarta-feira (05), quando a taxa estava em 1,27, as internações estavam em 41% e 42%.

Atualmente, a capital tem mais de três mil casos ativos do vírus. “Estamos iniciando uma nova fase. É uma preocupação, temos dados q nos exige uma série de comportamentos. Acreditamos que não será como a primeira e segunda onda, mas que nos exige cuidado. Nosso RT (Taca de Transmissão) deve aumentar bastante”, explicou Damasceno.

Completando a primeira semana do ano, o Distrito Federal registrou, apenas nos primeiros cinco dias, 2.089 novos casos. Até a última semana de dezembro, o DF tinha uma média de 60 novos casos e dois óbitos por dia. Agora, essa média subiu para 152 novos casos (se divididos pelos cinco dias analisados).

Outro dado que tem sofrido altas e que tem preocupado é a própria Taxa de Transmissão. Até a última semana do ano, a taxa estava em 0.8. Agora, ela está em 1.27. Vale lembrar que, acima de 1, essa taxa representa que a pandemia está avançando e que 100 pessoas podem contaminar outras 127.

Mesmo com o aumento de casos e da taxa, o número de óbitos não acompanha a mesma curva. Ainda de acordo com a pasta, até o momento não houveram mortes pelo vírus.

“Precisamos voltar a usar mascaras. As interações e aglomerações vão ofertar um risco maior, principalmente aos não vacinados”, alerta Damasceno.

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