No dia 23 de abril deste ano, foi localizado um artefato explosivo no banheiro masculino de uma universidade particular do DF, no prédio onde funciona a faculdade de fisioterapia. Nesta quarta-feira (2), a Polícia Civil do DF cumpriu dois mandados de busca e apreensão nas residências de um estudante da unidade.
Nas casas do aluno, foram encontrados materiais de metalurgia, comumente usados na fabricação de artefatos explosivos artesanais, do tipo metalon.
O aparelho celular do estudante também foi apreendido para ser periciado. Os mandados foram cumpridos em Samambaia e Ceilândia e expedidos pela Oitava Vara Criminal de Brasília.
Sobre o artefato encontrado na universidade, o laudo do Instituto de Criminalística da PCDF constatou que se tratava de explosivo contendo dispositivo de iniciação – pavio pirotécnico – e material explosivo – pólvora confinada –, sendo, portanto, considerado eficiente e apto para produzir uma explosão e seus efeitos associados.
Os peritos entenderam que o artefato trazia risco à integridade física e ao patrimônio, pois a explosão produziria fragmentação de objetos próximos, projeção de material com potencial lesivo e ondas de pressão, calor e de choque, entre outros efeitos danosos.
De acordo com as investigações, o artefato foi deixado no banheiro para impedir a realização de uma avaliação prática do curso de fisioterapia, que ocorreria no período da tarde.
O inquérito revelou que um aluno da própria universidade, que faria a avaliação, teria deixado o artefato no banheiro e avisado os funcionários, tudo para tentar impedir a prova.
A Polícia Civil informou que o aluno prestou declarações à Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) e as investigações prosseguem.
Com informações da PCDF