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Brasília

Após exames de DNA, polícia prende real responsável pela morte de Pedrolina

Homem que foi preso dias depois da morte, chegando a confessar a autoria dos crimes, mentiu para a Polícia Civil

Redação Jornal de Brasília

23/12/2019 20h28

Pedrolina sempre dizia a um amigo que um homem queria namorá-la, de forma a incomodar a vítima. Foto: Reprodução

Vítor Mendonça e Willian Matos
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O caso da morte da assistente social Pedrolina Silva, 50 anos, estuprada e morta no dia 1º de setembro, no Setor de Clubes Sul, sofreu uma reviravolta. Na tarde desta segunda-feira (23), a Polícia Civil (PCDF) realizou esclarecimentos sobre o caso e apresentou o principal suspeito de ter cometido os crimes.

Este suspeito é Rômulo Ramos Siqueira, 24 anos. Ele trabalhava como vigilante no Serviço de Limpeza Urbana (SLU), próximo ao local onde Pedrolina foi estuprada e morta. A PCDF chegou até Rômulo após coletar resultados de exames de DNA. Também houve quebra de sigilo telefônico, o que auxiliou nas investigações.

Rômulo foi detido no último dia 17. Ele contou à polícia que tinha a intenção apenas de roubar o celular de Pedrolina, que estava na parada de ônibus esperando uma amiga para ir a um clube. O suspeito conta que, após a mulher se assustar, ele a arrastou até um matagal, portando uma faca apanhada no local onde trabalhava. No caminho, decidiu estuprá-la. Em seguida, a matou para que ela não o reconhecesse caso voltasse ao local.

Rômulo Ramos Siqueira já foi detido por diversos atos infracionais quando ainda era menor de idade. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

O assassino confesso contou ainda que estava sob efeito de cocaína no momento dos crimes. 

A 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) é quem cuida do caso. A delegada-chefe Bruna Eiras conta que Rômulo trabalhou no SLU por mais quatro dias após o crime, pedindo licença em seguida. Quando o período de licença acabou, ele se demitiu.

Rômulo será indiciado pelos crimes de feminicídio (qualificadora do crime de homicídio), roubo e estupro.

Outro preso

Dada a prisão de Rômulo, identificado após exames de DNA, nota-se que o homem preso à época, que chegou a confessar ter matado Pedrolina, mentiu para a polícia. 

Ainda de acordo com a 1ª DP, ainda não se sabe o porquê de João Marcos Vassalo da Silva Pereira, 20 anos, mentiu sobre a autoria do crime. Os investigadores desconfiaram da veracidade dos depoimentos após perceber que ele deu risadas em algumas respostas sobre o caso.

João Marcos é acusado de outros crimes de estupro na região do Lago Sul. Ele segue preso e será submetido a exames psiquiátricos.

A morte

Pedrolina Silva, 50 anos, foi dada como desaparecida no dia 1º de setembro, por volta das 9h40. A última localização dela foi na parada de ônibus da L4 Sul, nas proximidades de uma faculdade particular. Ela esperava a carona de uma amiga com a qual iria passar o dia em um clube.

Câmeras de segurança mostraram Pedrolina sendo abordada e arrastada por um homem. O corpo da assistente social só foi encontrado dois dias depois, em 3 de setembro. 

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