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Brasília

Aliviada, diz mãe de santo de terreiro atacado sobre prisão de agressor

Em entrevista ao Jornal de Brasília, Sueli Gama disse estar se sentindo “muito mal” com o ataque

Geovanna Bispo

24/03/2022 17h47

“Alívio”, foi a palavra utilizada pela Yalorixá, ou mãe-desanto, do terreiro atacado, na manhã de ontem (23), após a prisão do agressor, que ocorreu já no final da tarde. “Eu me senti aliviada, porque eu acredito que, com essa prisão, vai haver um encaminhamento”, disse Sueli Gama ao Jornal de Brasília.

O ataque ocorreu no terreiro Ile Axé omo Orã Xaxará de prata, no Núcleo Rural Sítios Agrovalle. Sobre o ataque, que foi um crime de intolerância religiosa, Sueli disse estar se sentindo “muito mal”. “Acredito que ninguém gostaria de ver um patrimônio que você ergueu com tanto amor, com tanto carinho, de repente destruído. Além do valor espiritual que tem para nós, o valor emocional, o valor tradicional, ninguém consegue mensurar”, continuou Sueli.

Ainda assim, essa não foi a primeira vez que o terreiro foi atacado. De acordo com a Yalorixá, há oito anos, o local passou por diversos ataques. “Nós sofremos alguns atos de intolerância. Uma pessoa derrubou nosso portão, derrubou nossa placa e nos xingou, nos chamando de ‘feiticeiro’, ‘macumbeiro’ e de maldito”, relembrou Sueli.

Mas esse ataque, segundo ela, não foi tão brutal quanto o último sofrido. Neste, imagens religiosas foram quebradas por um homem que invadiu o terreiro. Ele portava uma faca e pedras.

Durante o ataque, o homem tentava amedrontar os presentes, incluindo idosos, crianças e deficiente. Ele ainda tentou acender uma fogueira, mas não conseguiu. Ele dizia que estava ali a “mando de Deus”.

Veja imagens do local:

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