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Brasília

Agente comunitário é elo entre a comunidade e os serviços de saúde

Profissional realiza diversas funções dentro e fora das unidades básicas do DF, como cadastramento de usuários e visita domiciliares

Redação Jornal de Brasília

02/10/2023 9h03

Foto: Divulgação

Essencial para estreitar laços entre a população e o Sistema Único de Saúde (SUS), o Agente Comunitário de Saúde (ACS) desenvolve papel fundamental dentro da equipe de Saúde da Família (eSF). Além de cadastrar usuários nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), ele realiza visitas domiciliares, busca ativa de pacientes, entrega de insumos e oferece apoio em comunidades vulneráveis.

Manoel Morais é um dos mais de 1,3 mil ACSs que integram o quadro de pessoal da Secretaria de Saúde (SES-DF). Cada eSF possui, no mínimo, um agente comunitário e, no máximo, três. No DF, a média é de dois por equipe.

Apaixonado pelo que faz, Manoel é grande conhecido dos moradores da Candangolândia, região onde trabalha na UBS 1. Dentre suas atribuições está o acompanhamento de pacientes idosos e gestantes, realização de visitas domiciliares e de eventos do calendário da saúde, dá orientação a um grupo de convivência de automassagem, além de promover a saúde por meio de ações educativas em escolas e feiras, facilitando o acesso aos serviços da rede.

“Eu sou agente há 12 anos e acho importante porque somos nós que trazemos a comunidade para dentro do consultório. Gosto do exercício do serviço. Posso fazer muito mais que coletar dados. Vejo que os moradores confiam em mim. Todos me conhecem não por ser o Manoel, mas por ser o rapaz que trabalha na unidade de saúde, isso, por si só, chancela o meu trabalho e fico feliz”, destaca o agente.

Foto: Divulgação

Rotina de trabalho

Em uma de suas visitas domiciliares, Manoel bate no portão de dona Miguelina Nunes, 83 anos. Paciente acamada com Alzheimer, ela precisa de acompanhamento mais específico por conta de sua dificuldade em se alimentar.

“Para mim, esse monitoramento próximo é essencial e de grande utilidade. Ele me dá todo o suporte, faz curativos quando ela precisa, tenho a maior facilidade de resolver as questões da minha mãe. O Manoel é atencioso e carinhoso com ela e ainda ajuda toda a comunidade”, afirma Cláudia Cristina Nunes, 53 anos, filha de dona Miguelina.

De lá, Manoel segue até a residência do casal João Agostinho da Silva e Francisca da Silva, ambos de 83 anos, para entregar receitas médicas, avaliar condições gerais de saúde e falar da próxima consulta marcada, pois os dois têm dificuldades de locomoção.

Katerine Oliveira é cuidadora do casal e elogia o atendimento e dedicação da equipe da UBS 1 da Candangolândia. “Nunca recebi um ‘não’ quando preciso de assitência. Às vezes, a médica vem até aqui, dependendo da situação. O Manoel sempre faz a troca das receitas quando estão vencidas. Eles são muito bem atendidos por todos, recebemos fraldas e pegamos medicamentos lá na UBS mesmo”, explica.

Dia Nacional dos ACSs

De acordo com a coordenadora de Atenção Primária à Saúde (APS), Fabiana Fonseca, a atuação do ACS é fundamental para aproximar as famílias, com suas necessidades, aos sistemas de saúde, evitando agravos que possam ocorrer devido à falta de orientação. Com data marcada no calendário, o ACS tem dia nacional, celebrado em 4 de outubro.

“O ACS é um elo da equipe com o usuário e a comunidade. Sua atuação não está restrita ao domicílio, ocorrendo também nos espaços comunitários e na UBS. O trabalho do agente engloba ainda prevenção e monitoramento de risco ambiental e sanitário, identificação dos problemas e agravos da população”, destaca.

Neltidene Floraci é agente comunitária de saúde há 19 anos e, atualmente, está lotada na UBS 1 do Paranoá. Ela se sente feliz na profissão por poder provocar mudanças na vida de outros indivíduos. “O que mais gosto no meu trabalho é ver a transformação acontecer. Hipertensos e diabéticos que já haviam desistido de fazer o controle da doença, agora esbanjam saúde. Assim como pacientes que começaram a fazer caminhada e mudar a alimentação para escolhas mais saudáveis perdendo peso”, relata.

Na opinião dela, sua atuação é de extrema importância, pois é possível adentrar no lar das pessoas, trocar experiências, se aproximar dos usuários por meio de suas vivências e necessidades, conhecendo cada indivíduo de forma mais transparente, promovendo saúde e prevenção de doença.

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