Jorge Eduardo Antunes
Enviado especial
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A busca de um diagnóstico e um tratamento mais preciso do câncer ganhou um novo e poderoso aliado. O supercomputador IBM Watson foi apresentado há pouco aos participantes do IV Congresso Internacional Oncologia D’Or, aberto esta manhã, no Rio de Janeiro. A máquina, que poderá ser testada por vários médicos em instantes, é capaz de fornecer aos especialistas informações e artigos que ajudem com mais precisão o estabelecimento de um tratamento com maior eficácia.
Recentemente, a máquina foi capaz de analisar diversas variações genéticas de um tumor, utilizando uma base de dados de 20 milhões de artigos científicos sobre a doença. O resultado foi um diagnóstico mais preciso e uma sugestão de tratamento personalizado.
Segundo Eduardo Cipriani Almeida, da IBM, o Watson vem sendo desenvolvido desde 2011 e entende linguagem natural e comunicação humana. O computador é capaz de gerar todas as repostas e evidências de casos, estabelecendo, por grau de probabilidade, aquelas que são mais confiáveis.
Com mais de US$ 4 bilhões em evidências médicas adquiridas, incluindo o mapeamento de 300 milhões de vidas e mais de 30 bilhões de imagens armazenadas em uma poderosa nuvem digital, o Watson é capaz de atualizar com precisão toda a informação médica disponível no planeta – e que dobra a cada 73 dias.
Atualmente, o supercomputador já tem disponível bancos de dados dos seguintes tipos de câncer: mama, pulmão, gastrointestinal, cólon e cervical. Para 2017, a promessa da IBM é acrescentar um tipo de câncer por mês.
O Watson é uma das tecnologias a serem apresentadas durante o Congresso como mais um aliado do médico no combate à doença. Embora traga benefícios para a comunidade médica e para a população em geral, existem questionamentos sobre o uso intensivo da tecnologia no diagnóstico, devido à interferência de pode causar na relação entre especialista e paciente. O tema também será debatido no evento deste ano.
