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Brasil

Radiologista Kelly Cadamuro foi estuprada antes de ser morta, diz MP

Arquivo Geral

22/11/2017 14h06

Reprodução

A radiologista Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, foi estuprada antes de ser assassinada por Jonathan Pereira do Prado, de 33, segundo o Ministério Público de Minas Gerais. O crime ocorreu em Frutal (MG), no início deste mês. A jovem havia dado carona aos desconhecidos em um acordo feito pelo WhatsApp.

O homem assumiu a autoria do assassinato, mas nega que tenha cometido crime sexual. Além dele, outros dois suspeitos estão detidos. Prado foi denunciado por latrocínio, estupro, ocultação de cadáver e fraude processual, além do agravante de ser reincidente e ter cometido o crime por meio cruel, em estado de embriaguez e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Também foram denunciados dois homens por receptarem produtos do crime.

Segundo apurado em inquérito policial, o executor da morte da jovem, foragido desde 2017 do sistema prisional, passou a participar de grupos do aplicativo WhatsApp integrados por pessoas interessadas em compartilhar despesas de viagens entre os municípios de Campina Verde/MG, Itapagipe/MG e São José do Rio Preto/SP.

No dia 21 de outubro, a vítima anunciou no grupo que pretendia ir de São José do Rio Preto (SP) até Itapagipe (MG), na véspera do feriado de Finados. Ciente da postagem, o autor do latrocínio, no dia 31 daquele mês, por meio de um nome falso, entrou em contato com a vítima e manifestou interesse pela carona, afirmando que iria junto de sua namorada.

“O réu induziu a vítima a erro com o propósito de levar a cabo os crimes que seriam praticados em subsequência, objetivando, covardemente, que a jovem não temesse viajar apenas com ele”, diz trecho da denúncia oferecida pela Promotoria de Justiça de Frutal.

Segundo as investigações, na data acertada, por volta das 18h35, após consumir cocaína e bebida alcoólica, com o intuito de encorajar-se à execução do plano, munido de uma corda, encontrou com a vítima, afirmando que sua namorada não poderia viajar naquele dia e que seguiria sozinho.

Durante o percurso, após pedir à vítima que parasse o carro, atacou a jovem e deu uma gravata para desmaiá-la. Conforme a denúncia, ele retirou a vítima com vida do banco traseiro do carro e a arrastou por alguns metros até o matagal, onde praticou estupro contra a jovem, consistente em “contemplação lasciva ou com a prática de atos libidinosos que não deixaram vestígios”.

“A fim de evitar que a vítima o reconhecesse futuramente e para possibilitar que seus bens fossem subtraídos sem resistência, o executor comprimiu a corda que estava amarrada ao pescoço da jovem, executando-a cruelmente por asfixia mecânica decorrente de enforcamento”, conclui a denúncia. O MPMG acrescenta que o corpo da vítima foi lançado às margens do Ribeirão Marimbondo, em local de difícil acesso, como forma de ocultação.

Receptação

A denúncia aponta que, na manhã do dia seguinte ao do crime, o executor foi até a estrada rural que liga Mirassol/SP ao Distrito de Mirassolândia, na região denominada Barra Grande, e contatou seu primo para que adquirisse parte dos bens retirados da vítima, como pneus e rodas do veículo, bolsas, perfume, sapatos, chinelos e um aparelho “toca-cds”. No mesmo dia, à tarde, um terceiro homem adquiriu o celular da vítima. Os dois foram denunciados por receptação de produtos do crime.

O autor da morte da jovem e um dos homens que compraram os pertences das vítimas estão presos no Presídio da Comarca de Frutal.

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