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Brasil

Grupo antiaborto ataca médicos que atendiam menina de 10 anos estuprada por tio

Vítima acabou ficando grávida, e a Justiça autorizou a interrupção da gestação. Manifestantes chamaram médicos de “assassinos”

Redação Jornal de Brasília

17/08/2020 7h51

Um grupo antiaborto fez uma manifestação em frente ao hospital onde está internada uma menina de 10 anos, que engravidou ao ser estuprada pelo tio. A menina é do Espírito Santo, mas teve que ir a Recife para fazer ao aborto autorizado pela Justiça.

A coordenadora do hospital informou que um grupo de “fundamentalistas religiosos” cercou a unidade e chamou os médicos de assassinos. Eles também tentaram invadir a unidade e fizeram uma oração para interromper o procedimento.

Manifestantes a favor do aborto também foram ao local para impedir que os ativistas antiaborto invadissem o hospital. A diretoria da unidade pediu reforço policial, e os agentes de segurança devem permanecer na porta até que a menina tenha alta.

O local da cirurgia deveria ter sido mantido em sigilo, mas a ativista bolsonarista Sara Giromini divulgou dados relacionados a criança, o que contraria as normas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Sara usou o Twitter para revelar as informações. A rede social apagou a postagem tempos depois.

 

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