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Brasil

Vídeo: advogada agredida por filho de ex-prefeito de Anápolis agradece apoio

Arquivo Geral

29/12/2018 11h46

Luciana Sinzimbra. Foto: Reprodução/Facebook

Da Redação
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A advogada Luciana Sinzimbra, agredida pelo ex-namorado em Goiânia (GO), usou as redes sociais para agradecer o apoio que tem recebido. A jovem filmou a violência sofrida pelo piloto Victor Junqueira, filho do ex-prefeito de Anápolis (GO), Eurípedes Junqueira. As imagens começaram a circular na internet na última segunda-feira (24) e causaram revolta.

“Eu queria agradecer imensamente por todas as mensagens, todo o apoio está sendo muito importante nesse momento. Não estou conseguindo retribuir tudo que vocês estão fazendo por mim, de abraçar essa causa que ainda é tão complicada no Brasil, que existe do nosso lado e a gente nem sabe”, disse Luciana, nos stories do Instagram.

A jovem está em viagem no Chile com os pais. O passeio já estava marcado antes do episódio de violência e ela conta que cogitou cancelá-lo, mas a família decidiu mantê-lo para que Luciana pudesse espairecer.  “Ainda é muito difícil pra mim ter que voltar na situação e falar sobre isso, mas estou tentando ficar bem e superar. Tenho certeza de que através da minha história eu vou conseguir ajudar outras pessoas e é isso que eu estou focando agora. Se não fosse pelo apoio que estou tendo, eu penso que não estaria bem como estou agora”, completou ela.

Relembre o caso

No vídeo que flagrou a agressão, o piloto de 24 anos aparece desferindo socos e tapas contra a advogada, de 26. Ele não aceitava o fim da relação. “Você acha justo chegar e me bater?”, pergunta Luciana. “Super injusto, saca? Mas pelo menos acabou”, rebate Victor antes de iniciar a agressão.

Victor chama a mulher de “fingida” por diversas vezes, enquanto ela tenta se defender com as mãos e os pés.  A jovem pede para o rapaz parar com as agressões, mas ele responde: “Vou bater mais porque você é fingida. Me enganou esse tempo todo”. A mulher chega a ser levantada pelo pescoço no fim da gravação.

A advogada registrou boletim de ocorrência e o caso é investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). O agressor apagou o perfil em todas as redes sociais.

Polícia não pediu a prisão à Justiça

Para a polícia, a prisão de Victor não se faz necessária, uma vez que não houve flagrante e não há elementos para representar por uma prisão preventiva. A agressão ocorreu no dia 15 de dezembro em Goiânia (GO), cidade onde mora Luciana. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Bruna Damasceno, a vítima registrou a ocorrência no mesmo dia, na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), e todas as medidas protetivas foram solicitadas.

“Em menos de 24 horas as medidas foram deferidas pelo juiz e, desde então, Victor vem cumprindo todas elas”, ressaltou.

Ainda de acordo com Bruna, a vítima está bastante abalada com toda a situação e repercussão do caso. Sem dar maiores detalhes, a delegada revelou Victor e a vítima foram ouvidos na delegacia e que o inquérito foi finalizado nessa quarta-feira (26) e encaminhado ao Judiciário. Agora, segue para o Ministério Público, que decidirá se oferece ou não a denúncia contra o agressor.

Por meio da assessoria, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) afirmou que a medida protetiva, que tem caráter emergencial, já teve manifestação favorável e que, ainda não aparece no sistema do MP o recebimento do inquérito da Polícia Civil, porém, quando entregue ele será apreciado pela 97ª Promotoria de Justiça da Comarca de Goiânia.

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