Menu
Vinhos e Vivências
Vinhos e Vivências

Borbulhas no espaço

Maison Mumm apresenta Mumm Cordon Rouge Stellar, primeiro champagne a ser degustado com gravidade alterada

Cynthia Malacarne

30/09/2022 5h00

Atualizada 29/09/2022 12h47

Foto: Divulgação

Ousadia e inovação são duas palavras inerentes à Maison Mumm. Desta vez, a lendária casa francesa de Champagnes, marca nº 1 na França, se superou ao apresentar, nesta semana, o Champagne Mumm Cordon Rouge Stellar, o primeiro champagne projetado para ser degustado com gravidade alterada.

Iniciado em 2017, este ambicioso projeto nasceu em total conformidade às especificações e requisitos de segurança adaptados ao espaço. Graças à colaboração entre Maison Mumm e Axiom Space, Mumm Cordon Rouge Stellar será testado na próxima missão Axiom Space, com vistas à experiência do ritual de uma degustação clássica em condições espaciais reais.

As condições para degustar Champagne na ausência de gravidade diferem fisiologicamente, com uma alteração perceptível do olfato. A efervescência do Champagne também é modificada, as borbulhas não sobem mais à superfície, não liberam as moléculas de aroma que contêm. A sequência sensorial é específica: a visão é solicitada primeiro, depois o cuvée – em forma espumosa – entra em contato com os lábios e a boca. Uma vez que entra na boca, esta espuma reveste as paredes por ação capilar. Com a diminuição do olfato, a percepção geral do vinho muda. Algumas notas são percebidas mais do que outras.

Tendo em conta estes parâmetros específicos, Laurent Fresnet selecionou um lote de Mumm Cordon Rouge feito com uvas da safra de 2016 – sendo a maioria Pinot Noir, a casta emblemática e assinatura da Casa – e completou (até 36%) com vinhos de reserva dos últimos cinco anos. “O meu objetivo foi preservar o frescor e a potência de Mumm Cordon Rouge, reforçar a intensidade dos seus aromas com um maior envelhecimento e uma dosagem de licor elaborado com vinhos envelhecidos em barricas de carvalho” explica Laurent Fresnet, responsável pelas caves da Maison Mumm. Com envelhecimento prolongado até cinco anos e um licor de dosagem elaborado a partir de vinhos envelhecidos em barricas de carvalho, o líquido traz um toque de baunilha e notas de patisserie. Assim, Laurent Fresnet reforça as características do estilo Mumm para se adaptar às condições de degustação onde os sentidos olfativo e gustativo são alterados.

Como apreciadora de champagne, fiquei muito curiosa com esse projeto. Nos resta esperar para ver se esse Mumm Cordon Rouge Stellar será acessível a nós meros mortais!

Vinhos da África do Sul agradam o paladar e o bolso dos brasileiros

A África do Sul é um país que cada vez mais está a se destacar no mercado de produção de vinhos, pela sua qualidade e bom preço. No Brasil, podemos encontrar com facilidade vinhos desse país.

A produção vitivinícola na África do Sul se iniciou em 1655 com o holandês Jan Van Riebeeck. No final de 1800, houve um declínio da indústria causado pela combinação de desastres naturais, como a filoxera, e as consequências das guerras e eventos políticos na Europa. A partir dos anos 1990, iniciou-se um movimento de renovação da viticultura sul-africana com o surgimento de vinícolas familiares e aprimoramento das técnicas de cultivo da vinha e vinificação.

Aproximadamente 100 variedades de uvas são cultivadas na África do Sul, em uma área de 117.000 hectares, embora muitas dessas castas sejam plantadas em quantidades muito pequenas.

A variedade mais plantada é a Chenin Blanc, com 19.000 hectares. Essa uva branca, atualmente, é utilizada na elaboração de vinhos de alta qualidade. Mas não foi sempre assim: houve uma época em que era empregada na produção de vinhos baratos e conhaque.

Em segundo lugar temos a Colombard, também uma uva branca, com 13.000 hectares. A Cabernet Sauvignon está em terceiro lugar com 12.000 hectares, seguido por Syrah, Sauvignon Blanc e Pinotage.

Pinotage é a variedade de uva mais emblemática da África do Sul, originária do cruzamento das uvas Pinot Noir e Cinsault (conhecida como Hermitage nesse país). Os vinhos elaborados com essa casta geralmente são encorpados, com taninos marcantes, aromas de frutas negras como cereja e aroma, muitas vezes também se encontra aromas de figo, mental e tabaco.

Provei e Aprovei

Já que o assunto desta semana é vinhos da África do Sul, trouxe um Pinotage como sugestão para o fim de semana. O Stellenrust Pinotage, 2015, elaborado com 100% uva Pinotage, envelhecido 12 meses em barricas de carvalho francesa, apresenta aromas de framboesa, pêssego maduro, cereja e notas de tabaco.

Comprei esse vinho na Super Adega. Valor sugerido: R$ 215.

Divulgação

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado