Menu
Verbalize
Verbalize

Figuras de linguagem, um recurso linguístico impactante

São palavras ou expressões que trazem um sentido conotativo, ou seja, fora do sentido literal (original) encontrada no dicionário

Luana Tachiki

23/01/2024 13h20

Imagem ilustrativa

As figuras de linguagem são recursos linguísticos que reforçam o significado de uma explanação, uma fala, uma explicação. São através das figuras de linguagem que o emissor da mensagem consegue desenhar, de maneira verbal, o que está sendo dito em determinado momento. Além disso, elas permitem que o receptor da mensagem imagine um símbolo, um signo, um contexto ajudando-o a entender melhor, com mais clareza e entusiasmo.

Figuras de linguagem são palavras ou expressões que trazem um sentido conotativo, ou seja, fora do sentido literal (original) encontrada no dicionário. São recursos não literais que permitem trazer um sentido artístico, uma plurificação na interpretação da mensagem.

Vejamos alguns exemplos: “Marina viajou na maionese durante a prova de literatura”. Ninguém viaja na maionese, mas esta expressão trouxe um sentido de que Marina não estava focada o suficiente na prova. Outro exemplo: “Samuel é uma raposa”. Ambas as construções são expressões metafóricas, visto que existe uma comparação implícita. Na primeira frase, a maionese transcende seu sentido original, transformando-se numa figura de linguagem para dar ideia de que Marina não estava concentrada, focada, preparada para a prova. Já na segunda, também temos uma comparação implícita, na palavra raposa. Sabe-se, implicitamente, que é um animal esperto e sagaz, mas isso não foi dito explicitamente, apenas através de uma palavra representativa com sentido conotativo.

metáfora é um recurso estilístico responsável por transpor o sentido literal para o figurado, como acabamos de observar.

Outro recurso bastante explorado são as comparações. Nelas, também utilizamos o sentido figurado, mas de uma maneira um pouco distinta das metáforas — usam-se comparações explícitas com uso de conectivos, como nos exemplos:

“Juliana tem uma voz forte como um trovão”. Houve uma comparação não literal, já que ninguém tem voz de trovão. Além de deixar explícita a comparação, houve uma conjunção, o “como“. Ou seja, sempre que houver uma figura de linguagem comparativa, haverá também uma conjunção ou locução conjuntiva de comparação. “Nathan tem uma mente brilhante igual a um diamante”. Percebam que houve uma comparação de sentido conotativo explícita com uso de locação conjuntiva comparativa.

Já nos casos das analogias, são utilizadas para simplificar conceitos através da similaridade conceitual, seguido de uma explicação. Nas analogias pode-se utilizar ou não o uso dos conectivos. “As músicas de Renato Russo são para nós, assim como o ensino é para os alunos: imprescindíveis”. “O sol é vital para o homem, tal qual o filtro solar é para a pele, ambos são importantes para à vida. Ambas as construções trazem dois conceitos distintos, similares, seguidos de uma explicação. Na primeira, o conceito de que as músicas de Renato são tão importantes quanto o próprio ensino; e na segunda, a ideia é de que o uso de filtro solar é tão importante quanto à exposição ao sol.

Saiba que o uso desses recursos são milenares. Ou seja, já é utilizado há bastante tempo. Há mais de dois mil anos, temos o exemplo messiânico de Cristo, que fazia o uso massivo de metáforas como: Eu sou o pão da vida; a luz do mundo; a porta; o bom pastor; a ressurreição e a vida; o caminho, a verdade e a vida; e a videira verdadeira. Além das metáforas, Jesus usou muito o recurso das analogias para trazer suas mensagens comparativas de céu e inferno. Jesus utilizava esses requintados recursos linguísticos para exemplificar, esclarecer e facilitar o entendimento dos seus seguidores e discípulos. No livro de João 3:16 está escrito: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Aqui Jesus fala que quem crer em Cristo terá a vida eterna, que não é na terra, mas sim no céu. Outro exemplo: “E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jesus fez uma analogia de quando Moisés colocou uma serpente de bronze em cima de um poste, as pessoas que eram mordidas e envenenadas pelas serpentes, mas que olhassem para a serpente de bronze, o Senhor as curava e elas eram salvas. Jesus fez uma analogia sobre este conceito que representava o mesmo, na qual Cristo, o filho do homem, seria levantado para salvar às pessoas que cressem n’Ele.

Os recursos linguísticos são extremamente relevantes para o emissor da mensagem. Quanto mais atrativa, explicativa, clara e comparativa for, melhor. Esses recursos trabalham o lado emocional das pessoas o que estrategicamente tem êxito porque aproxima o emissor da mensagem da realidade do receptor.

Que tal a partir de agora você utilizar mais as figuras de linguagem para exemplificar, esclarecer e se aproximar ainda mais do receptor da sua mensagem?

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado