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Professor M.

Singularidade Econômica: humano x máquina

A Singularidade Tecnológica, que vem tornando autônomo os meios de produção e a prestação de serviços, trará a Singularidade Econômica na sequência.

Prof. Manfrim

31/03/2019 22h13

Atualizada 23/02/2020 15h22

inflação

Foto: Reprodução

Vamos imaginar que a evolução tecnológica continue crescendo gradualmente na direção de substituir os humanos nas linhas de produção e na prestação de serviços.

A evolução exponencial tecnológica permitirá que indústrias inteiras funcionem autonomamente sua produção e distribuição de bens, quase sem intervenção humana.

Novas tecnologias adotadas pela indústria são muitas vezes superiores às habilidades humanas em qualidade, custo e eficiência, com resultados elevados no processo produtivo.

Essas novas tecnologias também permitirão autonomia ao cidadão comum, permitindo a produção de diversos itens em suas próprias residências, com as impressoras 3D de nova geração.

Fica a imagem de um futuro onde os robôs vão ganhar a disputa pelas vagas de emprego contra os humanos e conquistarão os postos de trabalho das linhas de produção.

Os humanos se concentrarão em supri-los, cria-los, mantê-los e melhora-los, na forma, função, propósito e finalidade. A tarefa humana será mais intelectual e menos motora.

Singularidade Tecnológica: a máquina

Consideramos nesse texto como Singularidade Tecnológica o ponto em que a tecnologia vai superar o raciocínio humano em várias áreas do conhecimento, em um momento ímpar de nossa história.

São projeções de probabilidades do momento da história em que as “máquinas”, por meio da tecnologia, vão superar os humanos em diversos campos do conhecimento.

A perspectiva de uma Superinteligência Artificial, e sua capacidade autônoma, deixa mais alvoroçado e animado os debates sobre os benefícios e as ameaças para a raça humana.

Stephen Hawking falou e Elon Musk e Bill Gates falam com frequência sobre os impactos da evolução tecnológica e seus reflexos nas organizações e na sociedade, e qual poderia ser o limite da autonomia da tecnologia.

O bioquímico, escritor e autor de obras de ficção científica e divulgação científica Americano nascido na Rússia, Isaac Asimov, em 1942 propôs regras para os robôs com a intensão de proteger os humanos.

É um debate de décadas e que ainda não produziu um consenso sobre um possível e provável controle humano limitador sobre a Tecnologia, e mais recentemente, sobre a Inteligência Artificial. Os princípios para prosperarmos conjuntamente em nosso planeta.

Uma coisa é certa, a tecnologia altera e vai continuar alterando profundamente a existência humana, nosso dia a dia e nosso futuro.

Singularidade Econômica: o homem.

A Singularidade Econômica é aqui definida como o momento da história humana em que a tecnologia vai nos substituir amplamente nos processos produtivos.

Novamente, são projeções de probabilidades do ponto futuro em que a tecnologia vai suprir massivamente, parcialmente ou totalmente, os humanos nas organizações.

Uma concepção de organização do futuro em que a tecnologia será a principal, e até a única forma e meio de produção de bens, serviços e informação, com autonomia parcial ou total.

Na Singularidade Econômica a função humana se deslocará predominantemente do lado da produção para o lado do consumo dos bens, serviços e informações gerados por essa nova tecnologia.

Fica mais nítido imaginar o impacto desse deslocamento, ou substituição da função humana no contexto da renda, hoje existente pela troca da mão-de-obra (intelectual e/ou física) por uma remuneração financeira.

Está posto um dos cenários futuros da relação humana com as atuais e futuras tecnologias em relação ao trabalho, renda, remuneração, consumo e compra de bens, serviços e informação.

Pode ser um ponto específico histórico de escassez de renda proveniente dos salários ou outras formas de remuneração humana pelo trabalho ou serviço prestado a uma organização.

Singularidade Econômica e a Tecnologia

Na história humana existem diversos exemplos de avanços tecnológicos que impulsionaram a evolução da sociedade e de alguma forma impactaram nos processos produtivos.

O uso de pedra lascada para confecção de ferramentas e utensílios ocorreu a 2,2 milhões de anos atrás com o Homo habilis. Foi o Homo erectus a quase 2 milhões de anos atrás que dominou o fogo.

Arqueólogos datam a invenção da roda entre 4 e 5 mil anos atrás. O ábaco e a escrita cuneiforme e hieróglifos possuem achados com mais de 3 mil anos.

A revolução agrícola teve seu início a dez mil anos atrás, proporcionando o aumento da oferta de alimentos e a fixação do homem em seu território.

A máquina a vapor foi viabilizada para uso em grande escala por volta de 1769 na Inglaterra e proporcionou a primeira revolução industrial da história por meio da mecanização dos processos.

Equipamentos eletrônicos, telecomunicação, computadores, robôs e autômatos foram introduzidos nos processos produtivos das indústrias a partir da década de 60 do século XX.

Os exemplos acima influenciaram mudanças sociais, individuais e econômicas em suas épocas. Mudaram o mercado de trabalho, profissões e tipos de atividades laborais em seu tempo.

Singularidade Econômica e o futuro

Estudos do McKinsey Global Institute, projetam que a inteligência artificial ameaçará cerca de 70% dos postos de trabalho em países em desenvolvimento como o Brasil.

Exemplos do passado de evolução tecnológica mostram a capacidade de sobrevivência dos trabalhadores, e por consequência, a continuidade dos consumidores no mercado. Contudo, a Singularidade Tecnológica pode gerar mudanças muito mais radicais e profundas.

O entendimento da Singularidade Econômica e Tecnológica nos ajuda a visualizar um cenário provável de queda drástica do poder de compra das pessoas pela perda de emprego em grande escala e em curto prazo, principalmente nos países em desenvolvimento.

As mudanças tecnológicas causarão o encerramento de diversas atividades produtivas humanas atuais, mas surgirão novas atividades e profissões. A história humana nos mostra isso.

A velocidade de adaptação e de migração para novas formas de trabalho e atividades profissionais terá que ser muito mais rápida que no passado, para atenuar um provável nível alto de desemprego. Teremos desafios diferentes para os atuais trabalhadores e para as novas gerações.

Suplantar esses desafios será determinante para amenizar a lacuna e o gap temido pela Singularidade Econômica: substituição do homem pela máquina x redução de renda e consumo.


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Prof. Manfrim, L. R.

Compulsivo em Administração (Bacharel). Obcecado em Gestão de Negócios (Especialização). Fanático em Gestão Estratégica (Mestrado). Consultor pertinente, Professor apaixonado, Inovador resiliente e Empreendedor maker.

Explorador de skills em Gestão de Projetos, Pessoas e Educacional, Marketing, Visão Sistêmica, Holística e Conectiva, Inteligência Competitiva, Design de Negócios, Criatividade, Inovação e Empreendedorismo.

Navegador atual nos mares do Banco do Brasil e UDF/Cruzeiro do Sul. Já cruzou os oceanos do IMESB-SP, Nossa Caixa Nosso Banco (NCNB) e Cia Paulista de Força e Luz (CPFL).

Freelance em atividades com a Microlins SP, Sebrae DF e GDF – Governo do Distrito Federal.

Contato para palestras, conferências, eventos, mentorias e avaliação de pitchs: [email protected].

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