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Psicanálise da vida cotidiana
Psicanálise da vida cotidiana

Tatuagens

Tua pele morena escondida entre figuras,/Os Deuses clamaram do Olimpo a tua chegada

Carlos de Almeida Vieira

28/05/2020 13h10

Atualizada 02/06/2020 15h37

O amor surgiu entre tuas tatuagens,
Descrevendo imagens, curvas, labirintos e mistérios,
Tua pele morena escondida entre figuras,
Os Deuses clamaram do Olimpo a tua chegada.

Lábios arroxeados, mãos finas e esguias, olhos negros,
Uma turbulência nos gestos e movimentos,
ondas revoltas de paixão,
o corpo escultural denunciava o porvir.

O amor veio em tua ternura, candura,
O mar sabe quando oscila em ondas
O frêmito da paixão e a acalmia da paz.
O mar sabe do ir e vir ainda que haja momentos de calma.

Tuas tatuagens encondem um arco-íris de figuras caleidoscópicas
Tua voz rouca, bemolizada,
Uma sonata a dois instrumentos procurando o Som
A música inaudível que soará logo nos allegros e adágios.

Mahler osquestrou para mil instrumentos,
Mozart, brincando de menino compôs sonatas infindas
Beethoven bradou o grito da imponência,
Debussy soube olhar o mar e visualizou a tua alma cálida.

Ah! Que saudade do tempo que não te conhecia
Ah! Que ímpeto de paixão ao ver teu corpo e tua alma num conjunto
Ah! Que brilhos nos olhos dos dois amantes
Alucinando o futuro e no presente
{alumbramentos}
Um dia te verei sobre rochedos,
Olhando o mar em ti e em nós,
Voaremos não sei o destino
O que importa é a experiência do presente.

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