Especialistas consideram que o sistema político de um país só pode ser denominado de democracia quando existe a alternância de poder entre adversários, respeitando o resultado das eleições. Em 2022, existiu um medo de que o resultado eleitoral não fosse obedecido no Brasil — uma parcela da população foi às ruas pedindo uma intervenção contra o vencedor da corrida presidencial. Mas os anseios golpistas não prosperaram.
No dia 8 de janeiro de 2023, o país parou para assistir os atos golpistas contra a casa das três instituições garantidoras da democracia. O Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional foram vandalizados. Mas mesmo com as perdas materiais, as instituições se uniram como talvez nunca antes visto na história recente para fortalecer a democracia e punir quem colocou o sistema em suspensão.
A retomada oficial dos trabalhos do Judiciário e do Legislativo em fevereiro terão um simbolismo maior devido à recuperação física dos espaços do Congresso e do STF depois dos atos terroristas. Toda organização de retorno das atividades ocorre em meio ao esforço para reparar os danos materiais causados.
O Palácio do Planalto não parou. No dia 9 de janeiro, ministros e presidente despacharam mesmo em meio aos escombros, para simbolizar que as instituições vão muito além das janelas quebradas. Pode o espaço físico ter sido atacado, mas a funcionalidade dos três poderes, foi preservada e dará resposta o mais rápido possível.
O que podemos tirar de lição do dia 8 de janeiro é que esses atos criminosos podem ferir a democracia, mas não vão matá-la. A grande mensagem que se pode passar é que as instituições seguem funcionando normalmente — e fortalecidas.