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Muito Prazer, Luisa Miranda
Muito Prazer, Luisa Miranda

Qual a diferença entre ter orgasmo, gozar e ejacular?

“Eu vi pôneis”, disse ela, ao se referir ao primeiro orgasmo. Você se imagina vendo pôneis ou algo semelhante ao ter orgasmos?

Lu Miranda

02/08/2023 16h36

Arte: Lu Miranda

“Eu vi pôneis”, disse ela, ao se referir ao primeiro orgasmo. Parece mentira, mas foi exatamente o que escutei de uma aluna ao ministrar uma palestra no UniCeub sobre masturbação feminina.

Você se imagina vendo pôneis ou algo semelhante ao ter orgasmos?

Ao ouvirem aquilo, muitas das alunas reagiram. Algumas chocadas, outras rindo — ainda que de nervoso —, algumas questionando “Eita, sério? Comigo foi tão diferente”. Essa foi a deixa perfeita para explicar o que é um orgasmo, como ele funciona e qual a diferença entre ter um, gozar e ejacular.

Orgasmo é uma sensação de ápice do prazer, comumente associada a reações físicas como contrações involuntárias na região pélvica, lubrificação intensa e maior sensibilidade do clitóris em pessoas com vulva. Já no caso de quem possui pênis, é ligado a contrações, espasmos musculares, sensibilidade na glande e normalmente vem acompanhado de ejaculação.

Gozar é um termo que também é associado a ter orgasmo, todavia, não se limita apenas a isso, já que utilizamos essa denominação para nos referirmos a outros momentos prazerosos não vinculados a sexo.

Ejacular, por sua vez, é a saída do líquido expelido através da uretra e produzido nas glândulas de Skene (no caso de pessoas com vulva) e nos epidídimos (caso de pessoas com pênis).

É importante ressaltar que orgasmo e ejaculação podem acontecer separadamente.

Fatores que podem afetar o nosso orgasmo

  • Falta de autoconhecimento. Conhecer-se é muito necessário para entendermos quais lugares do nosso corpo nos causam, ao toque, excitação sexual;
  • Crenças limitantes que podem reduzir nosso prazer devido a questões socioculturais ultrapassadas quanto a temas relacionados ao empoderamento e prazer feminino;
  • Falta de comunicação consigo mesmo e com o parceiro, sobre o que gosta e o que não gosta — fator esse muito ligado a crenças familiares, religiosas e políticas.

Ao falarmos disso tudo, precisamos lembrar de algo absolutamente relevante: pessoas são diferentes e passam por muitos processos de mudança ao longo da vida que afetam nossa forma de enxergarmos a nossa sexualidade, o que reflete ativamente em como sentimos o nosso corpo, o nosso prazer, o nosso gozo. Gozar é consequência do processo. Permita-se entender e conectar-se mais com o seu próprio prazer. E não se compare nunca! O que te faz ser importante é você ser exatamente do jeito que você é. Então relaxa e goza, e conta comigo para o que precisar.

Um xêro e um restinho de semana delicioso pra você.

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