Menu
Muito Prazer, Luisa Miranda
Muito Prazer, Luisa Miranda

O sexo te gera cobrança? Seis dicas para melhorar essa dinâmica na relação

Trago aqui seis dicas para tirar um pouco — ou muito, dependendo da sua dedicação — das cobranças sobre sexo

Lu Miranda

25/10/2023 16h44

Arte: Lu Miranda

É muito comum que, no início de uma conexão com alguém, a frequência sexual seja maior. Envolve novidade, intensidade, ganho de dopamina, apego e paixão. E tendo esse primeiro momento como parâmetro, muito se acredita que o resto da relação será intensa da mesma forma.

Entretanto, a vida precisa ser vivida e as contas precisam ser pagas, não é mesmo? A individualidade começa a pedir espaço e o tesão tende a diminuir, afinal, o mesmo estímulo vivido com muita intensidade faz com que ele perca um pouco (se não muito) da sua capacidade de gerar recompensas.

O cansaço e a cobrança tomam conta, e o sexo que antes era prazeroso de se viver vai se tornando um problema relacional, além de causador de ansiedades e inseguranças. Pensando nisso, trago aqui seis dicas para melhorar a dinâmica da relação e tirar um pouco — ou muito, dependendo da sua dedicação — das cobranças sobre sexo:

  • Cobrar sexo é brochante. Ao invés de cobrar, fale que está sentindo falta da conexão sexual e dê espaço para uma conversa sobre o assunto. Ouça atentamente o que deixa sua parceria desmotivada e pergunte sobre como ela gostaria que fosse. Tendo essa informação, desenvolva na prática. Conversas sem ação também são brochantes (saiba que ajustes serão necessários, portanto aprenda a lidar melhor com sua frustração caso você não faça “certo” no início);
  • Faça aquilo que você tem controle. Estar numa relação não significa que a outra pessoa deve estar disponível sempre para satisfazer o seu prazer. Sendo assim, cuide do seu próprio prazer. Inclusive, é conhecendo melhor a si mesmo que você terá ainda mais habilidade e intimidade sobre o assunto para compartilhar;
  • Dedique tempo à sua individualidade e tenha mais conhecimento sobre você. Isso envolve tanto o conhecimento fisiológico, quanto emocional e sexual;
  • Aprenda a cuidar de si e colocar em prática esse cuidado: ter uma boa rotina de sono, comer de forma mais equilibrada, beber água, ler e buscar formas de ser uma pessoa interessante… gente estagnada também é brochante;
  • Compartilhe com sua parceria o que você tem aprendido sobre si mesmo;
  • Faça exercício físico e/ou alguma atividade em que possa extravasar seus sentimentos e emoções de forma inteligente emocionalmente. Isso inclui encontrar com amigos e amigas e se divertir.

Diante destas seis dicas, percebe-se que, para uma parceria ser gostosa para ambos, é necessário compreendermos que a relação é feita por pessoas reais, com vidas e questões que precisam ser vistas e trabalhadas de forma individual. Afinal, antes de essas pessoas serem um casal, elas viveram outras coisas que afetam diretamente em como se sentem na relação atual e em outros contextos da vida. Dessa forma, por mais comum que seja projetar no outro os ganhos de recompensa, contar apenas com isso pode ser muito prejudicial ao relacionamento, dando espaço para comportamentos de dependência e sobrecarga emocional e cobranças excessivas.

Cuidado, carinho, amor, risadas, beijos de língua sem a cobrança de que precisa acabar em sexo. Conexão, profundidade, diálogo, muita intimidade e parceria. Sim, isso é possível.

Desenvolva o autoamor. Questione seus desejos, desenvolva sua permissividade para o prazer e comunique suas conquistas pequenas. O tesão vem como consequência.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado