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Coluna Marcelo Chaves
Coluna Marcelo Chaves

No aniversário de Brasília, governador Ibaneis Rocha fala de obras que pretende fazer e de realizações de seu governo

Marcelo Chaves

21/04/2021 10h30

Ano passado não houve uma grande comemoração como previsto pelo aniversário de Brasília e agora, mais uma vez, a festa foi adiada por conta da pandemia. Qual o presente que o senhor gostaria de deixar para a cidade?

Não é hora de festa, mas ainda assim estamos entregando trabalho. A nossa proposta de resgatar a nossa capital, a minha cidade, do abandono segue como prioridade: desta vez estamos entregando o Museu de Arte de Brasília (MAB), que passou 14 anos fechado sob o olhar de tanta gente. O prédio foi inteiramente reformado, readequado aos novos tempos e ficou belíssimo. Ainda não vamos poder mostrar as obras de arte por conta da pandemia, mas quem for até lá vai ter um gostinho especial, com o jardim de esculturas que instalamos.

Também começamos a recuperação da estrutura da ponte Costa e Silva, que corria sério risco, da mesma forma que fizemos em todos os viadutos da área tombada e com a Ponte do Bragueto. E continuamos o trabalho de resgate das obras que encontramos paradas: desta vez será a saída norte, o que vamos chamar de Complexo Viário Governador Roriz, que já facilitou enormemente o trânsito para a região norte da cidade. Hoje temos mais de 200 obras sendo realizadas em todas as regiões, o que representa a geração de 30 mil empregos, um alento para o trabalhador neste momento tão difícil. De forma que o presente que eu posso dar a Brasília é o meu trabalho e a minha dedicação integral, esperando que a gente esteja bem preparado para a fase pós-pandêmica.

Quais os maiores desafios para o enfrentamento da covid-19 no DF?

É o mesmo que todo o mundo enfrenta. Veja que na Europa já se fala numa terceira onda. O que a gente pode fazer é buscar oferecer tratamento para todos, ainda que estejamos chegando ao limite por causa da falta de equipes médicas, mas principalmente da vacinação. A produção tem avançado em todo o mundo, novas alternativas vêm sendo buscadas e será preciso uma atualização permanente do imunizante, como já acontece com a vacina da gripe H1N1, que todo ano recebe um melhoramento. O que depende de nós está sendo feito, com uma constante ampliação de leitos, de insumos e equipamentos. Mas isso tem um limite.

O senhor tem alguma obra ou projeto futuro para a cidade que gostaria de adiantar?

Estamos com um grande programa de obras em desenvolvimento para todo o Distrito Federal, com a construção de viadutos, melhoria nas condições de infraestrutura em cidades carentes como Pôr do Sol/Sol Nascente e Arniqueira, recuperação de pistas e monumentos como a Praça dos Três Poderes e o resgate do centro da capital, com a revitalização da W3 Sul, Setor de Rádio e TV e Setor Comercial Sul. Mas a minha maior preocupação no momento é a área social.

Hoje já atendemos cerca de 700 mil brasilienses que passam por momentos difíceis devido a crise da covid-19; programa Prato Cheio que alimenta 36 mil famílias – e vamos chegar a 40 mil -, o cartão material escolar, que ajuda os estudantes de famílias humildes, o renda emergencial, isso sem contar os restaurantes comunitários, que servem 600 mil refeições por mês por apenas R$ 1. Já é o maior programa de segurança alimentar do Brasil, mas ainda vamos melhorar, principalmente com a construção de mais cinco restaurantes populares.

O que o senhor gostaria de ter feito e a pandemia acabou adiando?

Eu costumo dizer que não fui eleito para enfrentar uma crise desse tamanho, mas acho que a maior virtude das pessoas que trabalham comigo no governo foi não ter deixado a pandemia nos paralisar. Todos os projetos seguiram sendo feitos, ainda que houvesse algum atraso. Na área social, ao contrário, nós aceleramos para reduzir o impacto da crise na vida das pessoas, principalmente as mais humildes. Mas tivemos alguns reveses: tínhamos tudo planejado para inaugurar sete Unidades de Pronto Atendimento ano passado, mas os recursos tiveram que ser desviados para outras ações na área de saúde, outras obras de infraestrutura tiveram que ser desaceleradas também, mas o importante é que em momento nenhum a cidade parou. E não paramos também de fazer projetos e cumprir as nossas promessas de campanha.

Está aí o túnel de Taguatinga, uma obra importantíssima para mais de um milhão de pessoas, sendo construído, o sonhado viaduto do Recanto das Emas, os do Setor Policial, e muitos outros que eram apenas sonhos. E tenho muita satisfação de ver o que conseguimos fazer em Vicente Pires, uma cidade que só entrava nos noticiários como sinônimo de desgraça e que agora é um orgulho não apenas para os moradores, mas para todo o DF. Houve um grande investimento, um projeto muito bem feito, uma execução de qualidade, um trabalho que queremos repetir em outras áreas ainda não urbanizadas como Arniqueira e Pôr do Sol/Sol Nascente.

O que o senhor deseja para Brasília neste aniversário de 61 anos?

Saúde. É o que eu desejo para todo mundo. É um problema que afeta todo o planeta, um vírus que vai e volta, muda, surpreende. Ainda assim estamos trabalhando para que Brasília tenha um futuro mais bonito. Eu quero que todos possamos trabalhar em paz e com saúde para crescermos juntos, com oportunidades iguais.

Fotos: Renato Alves

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