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Coluna Marcelo Chaves
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Brasília 62 anos: Anna Christina Kubitschek fala do legado de seu avô JK

Neta de Juscelino Kubitschek, Anna Christina é presidente do Memorial JK, onde está guardada parte da história da construção de Brasília e de seu fundador

Marcelo Chaves

21/04/2022 10h00

Através do Memorial JK, Anna Christina Kubitschek preserva para as futuras gerações a história de seu avô JK e da construção de Brasília

Ela é a guardiã da história da construção de Brasília e do legado de seu avô, o ex-presidente Juscelino Kubitschek, fundador da capital de todos os brasileiros. Anna Christina Kubitschek Pereira, nome que é sinônimo de respeito e de zelo pela história da cidade que foi materializada no meio do Cerrado, faz um trabalho excepcional à frente do Memorial JK, como presidente do local, um dos mais visitados pelos turistas que vêm ao Distrito Federal.

Empresário Paulo Octavio é o grande incentivador da esposa Anna Christina

Neta de JK e de dona Sarah Kubitschek (que com a sua força e perseverança foi peça principal na luta pela construção do memorial dedicado ao marido), filha da inesquecível Márcia Kubitschek e esposa do ex-senador, ex-governador e empresário Paulo Octavio, um dos maiores empreendedores da capital, Anna Christina, que é mãe de André e Felipe Kubitschek, é a entrevistada da coluna no dia em que Brasília comemora os seus 62 anos.

Anna Christina Kubitschek com os filhos André e Felipe Kubitschek

Um dos principais monumentos e cartões postais da cidade, o Memorial JK guarda a história e a memória do fundador de Brasília. Quais são os próximos passos relacionados ao Memorial JK?

A prioridade do Memorial agora é terminar a série de livros com os discursos de JK em seu período como presidente da República. Este mês, lançamos o quarto volume, com os pronunciamentos proferidos em 1959 e esperamos lançar o último, relativo a 1960, em setembro deste ano, ocasião em que celebraremos os 120 anos do nascimento de JK, o que fechará um ciclo de resgate de um Brasil conciliador e democrático.

Como você enxerga a Brasília de hoje tão diferente da idealizada por seu avô Juscelino?

Apesar do ritmo dos tempos atuais, Brasília ainda guarda muito do espírito dele e de todos os pioneiros. A cidade avançou e cresceu acima do projetado nos anos 1950, mas respeitando as regras do tombamento. Isso foi importante para termos uma capital que é modelo de modernidade para o mundo.

Memorial JK é um dos monumentos mais visitados por turistas que passam pelo DF

Nos 62 anos de Brasília, quais são os seus principais desejos para a capital fundada por seu avô?

Desejo que a fé em Deus, a democracia e a verdade reinem em Brasília e no Brasil, especialmente em um ano fundamental como este, que terá uma eleição importantíssima para os destinos da nação.

Como neta, filha e esposa de político, qual o principal conselho que você dá aos seus filhos, que parecem enveredar pela carreira política?

Na família, enquanto o Felipe está focado na gestão empresarial, o André inclina-se para o caminho político. Meu conselho é simples: que tenha JK, Márcia Kubitschek e Paulo Octavio como exemplos, pela grandiosidade de suas visões políticas, pelo amor incondicional ao Brasil e a Brasília, pela busca incessante do desenvolvimento nacional e pelos valores que sempre pautaram suas vidas, como lealdade, retidão de caráter e também honestidade.

O que você mais gosta de fazer em Brasília? E para quem vem de fora, quais lugares não podem jamais deixar de ser visitados por aqui?

O Memorial JK é fundamental para entender a epopeia de erguer uma capital em cinco anos, o que desenvolveu todo o País. Também acho imperdíveis o Catetinho, a Esplanada dos Ministérios, o conjunto da Praça dos Três Poderes, a Catedral Metropolitana e toda área tombada da cidade. E, claro, uma visita ao Brasília Palace com seus painéis de Athos Bulcão e seu jardim. Mas não se esqueçam de conhecer a histórica Planaltina, o centro de Taguatinga, as feiras das nossas cidades e o Museu da Memória Candanga, entre outras muitas atrações que vão mostrar que Brasília é o retrato do Brasil.

Fotos: César Rebouças, Ravel Gimenes e Arquivo Pessoal

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