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Lulu no Quadrado
Lulu no Quadrado

Cozze: a uma ponte de distância do Mediterrâneo

Sou grande defensora do pequeno empresário, mas é impossível não fraquejar quando um restaurante consegue te transportar para um pedacinho do Mediterrâneo no coração do Lago Sul

Lulu Peters

25/08/2023 12h00

Foto: Adriana Nasser

Às vezes, temos que dar o braço a torcer e admitir que tem gente que sabe fazer negócio. A rede de restaurantes sob o comando do empresário Carlão até pode receber críticas, mas que deixa a gente boquiaberto com os ambientes, o atendimento e a comida, ah, deixa. E o Cozze, eu confesso, é meu novo amor.

Eu juro que tento assumir uma postura de “Elsa”, com o coração frio e calculista, sempre que vou visitar uma casa do Carlão – o empresário Carlos Rodrigues, cujo império de casas de pegada italiana/francesa/mediterrânea é impossível de ignorar.

Foto: Adriana Nasser

É que sou grande defensora do pequeno empresário, da gastronomia local. Porém, é impossível não fraquejar quando um restaurante consegue te transportar para um pedacinho do Mediterrâneo no coração do Lago Sul.

Ao caminhar até o local, numa calçada coberta por um caramanchão frondoso de limões sicilianos, passando pela clássica vespinha italiana, já nas cores predominantes na decoração, até entrar naquele mundinho charmoso do Cozze, é impossível não ir degelando o coração e não ser envolvido pelo ambiente exuberante, onde o branco e o azul se entrelaçam com toques de amarelo, trazendo à mente os cenários idílicos das ilhas gregas. A atmosfera aqui é um convite à descontração e ao prazer de saborear a vida.

Foto: Lulu Peters

Embora seja importante mencionar que os preços praticados pelo Cozze podem não ser acessíveis a todos os bolsos, a relação de custo-benefício é, sem dúvida, vantajosa. Quando falamos de sabores autênticos e experiências gastronômicas memoráveis, o investimento se justifica. Até porque há fartura e variedade suficientes para ajudar o cliente a ter uma experiência dentro do seu orçamento.

Aqui, os pratos à base de massa são os verdadeiros carros-chefe, como é de praxe nos restaurantes do grupo. Mas, para os aventureiros gastronômicos, há muito mais a explorar. Comecemos pela entrada de espeto de frutos-do-mar, composto por polvo, camarão e lula servido num bisque (molho francês feito com os próprios frutos-do-mar) com toque de tomate, muito gostoso (R$ 88).

Foto: Lulu Peters

O menu de entradas tem opções, ainda, como a clássica Burrata artesanal com compota de tomate agridoce e crocante de presunto parma (R$ 76) ou minha próxima pedida, que é o antipasti de pêra caramelizada ao forno, com creme de queijo de cabra, presunto italiano, farofa de nozes tostadas e mel trufado (R$ 79).

Para os principais, a dificuldade de escolher se acirra ainda mais entre propostas bem conservadoras como o Ravioli recheado com abóbora na manteiga, amêndoas tostadas e noz-moscada (R$ 83) ou o “terra e mare” – ainda raro no Brasil – que mistura mar e terra, com Filé de ancho 481 com manteiga de camarão e gratin de batata e aspargos (R$ 169).

A barriga de leitoa foi belamente apresentada: levemente pururucada por fora e desmanchando por dentro, servida com uma polenta cremosa ao queijo e crocante de couve manteiga (R$ 109). É um prato delicioso, mas muito farto e muito rico. Sugiro reservá-lo para dias de temperatura mais amena e noites frescas.

Foto: Lulu Peters

Agora, uma pausa para apreciar aquilo que poderia ser uma mistura aleatória de ingredientes e se tornou um prato delicioso, com tanta complexidade e tantas camadas de textura e sabor que eu me arrependi de não ter pedido: Agnolloti fiore de beterraba, recheado com robalo, servido com um molho de lentilhas francesas do puy, camarão e brunoise de legumes (R$ 93), que desafia as expectativas e nos leva a explorar novas dimensões gustativas.

Foto: Lulu Peters

A segunda pausa é para voltar um minuto às entradas. Gente, o nome “Cozze” vem de mexilhão, em italiano, e a entrada-símbolo da casa é uma das coisas mais simples e, ao mesmo tempo, mais deliciosas e acolhedoras que eu já comi.

Quando você tiver um dia ruim, vá ao Cozze e peça o Le Cozze Alla Tarantina (R$ 89). Pode ser no almoço ou no início da noite.

Os mexilhões trazidos fresquinhos de Santa Catarina, servidos ao molho de pomodoro fresco, que virou quase um bisque também, com fatias de pão de fermentação natural, é uma entrada que serve – sem exageros – até quatro pessoas.

Tava tão gostoso, tão gostoso, que eu teria comido só ele, casado ou com um drink feito em minha homenagem, o Luiza (brincadeira, não é para mim, mas é cítrico e delicioso) ou um vinho, tipo Giancondi Rosé bem gelado (R$ 115), e não há depressão no mundo que permaneça.

Para finalizar, o merengue italiano com frutas amarelas e mascarpone (R$ 49) equilibrou o doce com o azedinho e muita refrescância. Perfeito para o calor atual!

Em resumo, o Cozze é um verdadeiro oásis gastronômico no coração do Lago Sul. A atmosfera mediterrânea, os pratos cuidadosamente preparados e a paixão pela culinária se unem para criar uma experiência única.

Serviço
SHIS QI 9 BL A Loja 12, 18 e 24 – Lago Sul
Telefone: (61) 3532-4296
@cozzemediterraneo/

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