Menu
Histórias da Bola
Histórias da Bola

Testemunho das quatro linhas

Livro de Ruy Telles vai contar as muitas histórias desconhecidas dos bastidores do futebol

Gustavo Mariani

21/12/2021 13h45

Ruy Telles, que foi o presidente da então Federação Metropolitana de Futebol-FMF (depois, Brasiliense de Futebol, proposto por ele), estará na Casa das Artes e Molduras, no Pier 21 – Setor de Clubes Esportivos Sul. – Trecho 2 – a partir das 17 horas deste 22.12.21, fazendo o pré-lançamento do seu livro “Os bastidores do futebol brasileiro”.

Ruy tem muito para contar, pois pegou o começo do futebol profissional candango, quando ainda havia o Ceub, e foi vice-presidente da recém criada Confederação Brasileira de Futebol para a região Centro Oeste. Ele tinha um entrosamento com Giulite Coutinho, o chefão da CBF que substituiu a CBD-Confederação Brasileira de Desportos, o feudo de João Havelange, que era antipatizado pelos militares que tinham o comando do governo brasileiro.

Ruy Telles foi lançado candidato a presidente da FMF pelo presidente do Taguatinga Esporte Clube, Justo Magalhães Morais, em 1977, após o amigo ter sido supervisor do seu clube, que era apelidado por “Águia Branca”, devido figura constante no emblema do Taguá.

Perto do pleito presidencial da FMF – o então presidente e empresário Wilson de Andrade havia renunciado, para tratar de negócios, em São Paulo -, Ruy convenceu os filiados AABB, Desportiva Bandeirante, Sobradinho e Guadalajara a apoiá-lo e, com mais o voto de Justo Magalhães, evidentemente, ele saiu presidente, contra os desejos de Gama, Guará e Brasília Esporte Clube (hoje, Futebol Clube).

Reeleito, em 1979, Ruy Telles tornou-se um ferrenho oposicionista ao almirante Heleno Nunes, o último presidente da CBD e que veio para a sua posse. Após aliar-se a Giulite Coutinho, ele conseguiu que o homem fizesse da FMF a primeiras filiada visitada pelo primeiro presidente da CBF, para ciúme das outras federações que se consideravam muito mais importante.

Sujeito educadíssimo, um gentleman, Ruy mostrava-se agradável nos papos com a rapaziada e, politicamente, tinha muito jogo de cintura, tipo aquele meio-de-campo raimundinho que tocava a bola para os lados, incessantemente, pra não deixar os joãozinhos, toninhos, joaquizinhos, pedrinhos, etc reclamando da falta de lançamentos. Movimentou muito o futebol candango, gerando muitas manchetes para jornais rádios e TVs. Foi dele a ideia de colocar quadros na parede da sede da entidade, com as fotos de todos os presidentes. Se não fosse assim, estariam todos esquecidos pela história do futebol candango.

Portanto, Ruy Telles deve fazer muitas revelações dos bastidores da bola brazuca.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado