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Histórias da Bola
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Tááá no filllóooooo!

Sangue uruguaios, paulista e carioca ferveu nas veias dos primeiros brazucas campeões mundiais de futebol

Redação Jornal de Brasília

04/01/2022 18h20

O seguinte é o seguinte: o escrete canarinho já papou cinco Mundiais, mas o sangue brazuca beliscou tal glória em mais quatro. Anote:

Em 1930, um dos campeões mundiais pelo Uruguai foi José Leandro de Andrade, filho de um escravo fugitivo do Brasil e que foi se esconder vendendo jornais pelas ruas de Montevidéu. O rapaz brasilguaio fora campeão olímpico-1924/1928, era um cracaço e apelidado por Maravilha Negra;

Durante a Copa do Mundo-1950, promovida pelo Brasil, os uruguaios foram campeões, nos vencendo, por 2 x 1, no chamado Maracanazo, com o seu time escalando o lateral-esquerda Victor Rodriguez Andrade, sobrinho do José Leandro de Andrade;

Naquela mesma Copa do Mundo-1950, a Associação Uruguaia de Futebol andava tão mal financeiramente que não teve grana para incluir um médico em sua delegação. Então, recorreu ao brasileiro Hílton Gosling, mais tarde, foi bi-1958/1962 pela Seleção Brasileira.

Portanto, o tri não foi no México-70, como costumamos falar. Bem antes disso, em 1934, o sangue de um brasileiro já havia sido campeão mundial, na figura de Amphilóquio Guarisi Marques, o Filó, um dos primeiros jogadores de futebol levados pelos italianos e que  havia defendido Portuguesa (1922), Paulistano (1926 a 1929)  e Corinthians (1929 a 1931), quando foi levado pela Lazio. Por este clube, disputou 134 jogos e marcou 43 gols.

Filó disputou as Eliminatórias da Copas do Mundo-1934, pela Azzurra, e marcou gol diante da Grécia. Durante o Mundial vencido pelos italianos, atuou só na estreia, com Itália 7 x 1 Estados Unidos. Mas totalizou seis jogos e um gol pela seleção italiana.

Nascido, em São Paulo, no 26 de dezembro de 1905, o Filó ele viveu até  8 de junho de 1974. Na volta ao futebol brasileiro, voltou a defender o Corinthians, mas encerrou a carreira pelo rival Palestra Itália, futuro Palmeiras, aos 35 de idade. Portanto, pelas veias dos Andrade, Guarisi e Gosling – viva! -,  o sangue brazuca no futebol foi tri, antes do tri.

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