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Histórias da Bola
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Os caras do traço

O esporte brasileiro, principalmente o futebol, é animado por verdadeiros “craques do traço”. São chargistas que levam uma tremenda vida para as páginas de “gracinhas” para a galera. Vejamos alguns astros desse time:

Willian Matos

06/08/2019 10h04

Foto: Divulgação

Ziraldo

O mais famoso chargista brasileiro a partir de 1970,  Ziraldo Alves Pinto sempre gostou muito de futebol. Torcedor do Flamengo, ele diz só saber escalar um time pela formação que os “speakers” radiofônicos anunciavam  na década-1950, o 3-3-5, por exemplo, da Copa do Mundo-1958: Gilmar, De Sordi e Bellini; Nílton Santos, Zito e Orlando; Garrincha Didi, Vavá, Pelé e Zagallo.

Nascido na mineira Caratinga, em 24 de outubro de 1932, Ziraldo começou a vida artística pela “Folha da Manhã”, atual “Folha de São Paulo”, em 1954, fazendo uma coluna homorística. Tornou-se nome nacional ao chegar ao passar pela revista ”O Cruzeiro” e “Jornal do Brasil”, ambos cariocas. Entre os seus principais personagens estão “Jeremias, o Bom”, que virou um luxuoso livro, a “Supermãe” e o “Menino Maluquiho” – este, além de livro, chegou à TV e ao cinema.

Entre as charges esportivas desenhadas por Ziraldo, uma delas mexeu muito com a torcida do Vasco da Gama. Quando o time cruzmaltino, surpreendentemente, caiu ante o pequeno Londrina-PR, dentro de São Januário. Em tarde em que o estádio vaascaíno recebia o seu maior público de todos os tempos. 

Domingo Pace

llustrador da Gazeta Esportiva, ele foi muito popular, também, graças aos desenhos satíricos publicados pelo jornal paulistano “Notícias Populares”. Em “Mundo Cão”, um chcorro era o principal personagem, com corpo humano e contracentando bastante com gatinhas biknadas.

Pace publicou trabalhos, também, pela “Editora Noblet” e chegou a lançar uma revista própria, pela Roval, desfilando várias de suas criações. Entre as suas criações, “Super” era um cracaço de futebol que dava o nome à revista, que ainda tinha “Leitinho”, garoto de fraldas, e “Cimarrão”, gaúcho típico, domador de cavalos.

Aroeira

Coomeçou a carreira por jornais pequenos, criando um público cativo, com 17 anos idade, ilustrando a na coluna de seu pai, nas páginas de de esportes do Jornal de Minas. No entanto, estreou ilustrando um livro de sua mãe, aos 12.

Aroeira já trabalhou nos principais jornais cariocas. Há quatro anos, desenha a charge da primeira página de “O DIA”, publicada, tmbém,  pela revista “IstoÉ”.Fora das redações, ele passou pelas faculdades de Engenharia, Física e  Matemática, tendo sido presidente de Diretório Central dos Estudantes e atuado no movimento sindical.

Torcedor de Atlético-MG e Botafogo, aos 48 anos de idade, Aroeira tem 33 de profissão. É casado com Aida Queiroz, uma das diretoras do Anima Mundi, e pai de Alice, de 18, e André, de 8 temporadas. 

Luzardo

Luzardo Alves da Costa foi um artistas nascido no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa, na Paraíba. Viveu por 84 temporadas, entre 1932 e 2016. Aos oito anos de idade, descobriu a vocação pelo desenho, usando carvão e pedaços de tijolos, e usando como tela as calçadas da rua onde morava.

Além de criar para revistas e jornais paraíbanos, ele trabalhou, também, no Rio de Janeiro.  Além de chargistas, Luzardo lançou livro, também. 

Um dos chargistas que fizeram o Brasil sorrir, nos tempos em que a revista  “O Cruzeiro” era a que mais vendia no país, na década-1950, o paraibano Luzardo Alves fez a graça, também, nas páginas da “Revista do Esporte”. Foi perto do final da vida desta publicação carioca, quando ele assinava “bola ao quadrado”, titulada com letras minúsculas, por se tratar só de “bolas fora” da rapaziada que fazia o futebol brasileiro.

Luzardo criou, na “RevEsp”, dois personagens de nomes sugestivos, o  botafoguense “Zé Foguinho” e vascaíno “Vasconcelos” . 

Novaes

Cartunista, ilustrador, caricaturista e artista plástico, filho de chargista do jornal Última Hora, este é o Novaes, que entre tantas coisas, já trabalhou na Folha da Tarde (atual Agora), Jornal da Tarde, Gazeta Mercantil, e ganhou o prêmio HQMix com um álbum de charges em forma de tiras. Com este mesmo álbum, que se chamava SIR NEY, Novaes também ganhou o premio Ângelo Agostini como o melhor roteirista de tiras cômicas e também foi homenageado pela AQC, recebendo a medalha Ayme Cortez como mestre do quadrinho nacional.

Hoje Novaes publica alguns de seus cartuns e suas charges na Revista Viração, mostrando todo seu talento para o publico jovem e adulto. Novaes também ministrou uma oficina de charges para os jovens da Agência Jovem de Notícias e agora dá aula de desenhos para a galera.

Muito desse longo trabalho do Novaes pode ser conferido no blog dele, repleto de tirinhas, cartuns, charges… o lugar perfeito para quem quer se divertir! Lá também estão alguns dos trabalhos do Novaes como artista plástico. 

Novaes, isto é, Octavio Novaes de Oliveira, nasceu em 18 de março de 1954, na capital paulista. Iniciou sua trajetória no jornal Notícias Populares, em 1973, com tiras policiais, em rodízio com seu pai, o também chargista Otávio. Por essa época, criou um personagem chamado Satanésio, com publicações diárias.

Em 1976, ele passou a trabalhar na Folha da Tarde, onde permaneceu até 1990. Neste jornal criou a tira Sir Ney, com a qual ganhou dois prêmios: o HQMix, de melhor álbum de humor, e o Angelo Agostini, de melhor roteirista de humor.

Após sair da Folha ficou poucos meses no Jornal da Tarde, logo foi para o jornal Gazeta Mercantil, onde publicou charges por 17 anos, além de ilustrações e bico de pena. Nos últimos anos de Gazeta, realizou ainda duas charges semanais para o Jornal do Brasil.

Já participou de diversas publicações, como Pasquim21, Bundas, revista Galileu, entre outras, e por dois anos publicou uma página de humor na revista Forbes.

Na TV Cultura, fez diariamente uma charge animada de esporte.

Como artista plástico, participou de diversas exposições individuais e coletivas.

Em 1976, Novaes teve o seu primeiro registro em carteira, na Folha da Tarde, que mudou seu nome para  Agora. Saiu em 1991 e teve uma rápida passagem pelo Jornal da Tarde. No mesmo ano, foi

para a Gazeta Mercantil que encerrou atividades em 2009. Paralelamente, ele publicava charges no Jornal do Brasil, até 2008, e uma página de humor na revista Forbes Brasil.

Ganhou o prêmio HQMix com um álbum de charges em forma de tiras diárias, chamado SIR NEY, que conta a história do mandato do presidente Sarney. No mesmo 1991 ganhou o prêmio Ângelo Agostini, como melhor roteirista de tira cômica, pelo mesmo personagem e, em 2011, fui homenageado pela AQC recebendo a medalha Jayme Cortez como mestre do quadrinho nacional. 

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