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Histórias da Bola
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O sonho de Zizinho

Maior craque da Era Pré-Pelé transformou em realidade voltar a jogar com Ademir

Gustavo Mariani

04/05/2022 11h25

Thomaz Soares da Silva, cidadão nascido em São Gonçalo-RJ (14.09.1921 a 08.02. 2002) – e que seria, hoje, meia-atacante, foi considerado o maior craque do futebol brasileiro, a partir da década-40 e tinha por um dos seus maiores amigos o atacante vascaíno Ademir Marques de Menezes.

Chamado por “Mestre Ziza”, pelo o jornalista italiano Giordano Fatori, da Gazzetta dello Sport, durante a Copa do Mundo de 1950, Zizinho tinha um grande desejo: voltar a atuar, um dia, ao lado do amigo Ademir. Ele defendia o Bangu, quando, ao final de 1955, dois times argentinos – Independiente e Racing – vieram ao Rio de Janeiro disputarem o Torneio do Atlântico, contra Vasco e Flamengo. Foi então que os cruzmaltinos atenderam ao seu desejo. Cavalheirescamente, o Bangu o emprestou, e Zizinho pôde voltar a jogar, duas vezes, ao lado do centroavante que considerava um irmão. No primeiro jogo, o Vasco 1 x 4 Independiente. No segundo, Vasco 3 x 2 Racing, na disputa do terceiro lugar.

O primeiro dos dois jogos rolou no 27 de dezembro de 1955, no Maracanã, apitado por Harry Davis, auxiliado por Anver Bilate e Pedro Vilas Boas. O gol vascaíno saiu com Pedro Bala e o time de São Januário formou com: Hélio, Dario e Coronel; Mirim (Laerte), Orlando e Beto; Pedro Bala, Zizinho, Ademir (Vavá), Pinga (Alvinho) e Parodi (Wilson). O paraguaio Parodi foi expulso de campo, no segundo tempo.

Três dias depois, novamente no Maracanã, a vitória cruzmaltina teve apito com Charles Williams, auxiliado por Lino Teixeira e Cícero Pereira Júnior. Pedro Bala, Vavá e Pinga marcaram os gols da “Turma da Colina”, que foi: Hélio, Paulinho e Dario; Mirim, Orlando (Laerte) e Beto; Pedro Bala, Zizinho, Vavá, Pinga e Wilson (Ademir).

Depois daquilo, Zizinho, ainda, voltou a ser vascaíno, mas como treinador, em 1967 e em 1972. Nesta segunda passagem, ele comandou o time que empatou (2 x 2), com o Flamengo, em 7 de maio, quando Tostão estreava como vascaíno.

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