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Histórias da Bola
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O jogo da vingança

Um duelo na família Gama, que terminou mal para o Periquitão candango

Gustavo Mariani

06/10/2020 8h33

Atualizada 11/11/2020 16h19

O pega Vasco da Gama x Gama, em 21 de outubro de 2000, pelo Brasileirão-2000 (Copa João Havelange), foi chamado pelos gamenses por Jogo da Vingança. Motivo: a Confederação Brasileira de Futebol-CBF, para salvar o Botafogo do rebaixamento, tirou cinco pontos do São Paulo (usou atleta irregularmente contra o Botafogo no Brasileirão 1999) e os repassou aos alvinegros cariocas que, assim, superaram os gamenses na classificação final. Mas, após guerra jurídica, o Gama salvou-se da queda e disputou o BR-2.000.

Durante embates e manobras políticas pela ficança e saiança da elite do Brasileirão, o presidente vascaíno, Eurico Miranda, fez de tudo para derrubar o Gama, que contou com o apoio do líder do Governo no Senado, José Roberto Arruda (de olho nos votos da galera), negociando com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Bola rolando, em São Januário, o Gama fez um duro primeiro tempo, com time bem armado pelo treinador Mauro Fernandes, jogando de igual para igual com o Almirante. Mas Romário, aos dois minutos do segundo tempo, decidiu a partida, escrevendo a história do prélio com Vasco 1 x 0 Gama, que foi: Nílson; Lima (Silva), Gérson, Jairo e Rochinha; Deda, Kabila, Lindomar e Robston William); Romualdo e Juari – Hélton; Clebson, Júnior Baiano, Odvan e André Silva (Jorginho Paulista); Henrique (Luisinho), Paulo Miranda e Juninho Paulista (Pedrinho); Viola e Romário foram os vascaínos do treinador Oswaldo de Oliveira.

A escorregada complicou o futuro do Periquitão na Série A do Brasileirão. Estacionado nos 21 pontos, em 21 jogos, o Gama totalizava 270 minutos sem vencer, desde 20 de setembro, quando fora a Caxias do Sul e mandu 2 x 0 Juventude-RS. Para escapar do rebaixamento, precisaria, no mínimo, vencer três jogos nas rodadas finais.

Era tétrica a campanha do time candango até enfrentar o Vasco: 23.09 – 1 x 3 São Paulo; 30.09 – 2 x 4 Flamengo; 07.10 – 0 x 3 Sport-PE; 18.10 – 0 x 2 Botafogo; 25.10 – 0 x 0 Atlético-MG; 28.10 – 1 x 4 Grêmio-RS; 12.11 – 1 x 2 Guarani de Campinas-SP. A expectativa dos cartolas gamenses era a de fazer seis pontos, em cima de Atlético-MG e Guarani, jogando em casa, mas só somou um. Não deu!. O Gama caiu, deixando o Brasileirão, com 22 pontos, em 24 jogos, vencendo seis, empatando 4 e perdendo 14, tendo marcado 22 e levado 39 gols, ou saldo negativo de 17 bolas na rede.

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