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Histórias da Bola
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Mineiros derrubam Gama

A semana de 7 a 14 de dezembro de 2002 deveria ter sido para o Gama decretar inimizade eterna a Minas Gerais

Willian Matos

16/10/2019 11h48

A semana de 7 a 14 de dezembro de 2002 deveria ter sido para o Gama decretar inimizade eterna a Minas Gerais. Nas duas datas, Cruzeiro e Atlético-MG mandaram a suja rapaziada para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Até o dia 6 de dezembro, se vencessem os cruzeirenses, os gamenses teriam a chance de seguir pela Série A. Abriram dois gols de vantagem, com 16 minutos de bola rolando pelo gramado do velho Mané Garrincha, mas foi tudo uma ilusão. Aos 12, Anderson atacou, pela direita, venceu dois adversários e cruzou a bola, rasteira, para a grande área defendida pela Raposa. Livre de marcação, Romualdo dominou o lance e endereçou a pelota para o ângulo esquerdo defendido pelo goleiro Gomes.

Gama 1 x 0 fez a torcida vibrar, ainda mais, aos 16, quando Lindomar chutou ao arco, Gomes deu rebote, Anderson pegou a sobra e fez 2 x 0. Se segurasse a onda, o Periquitão atingiria 25 pontos, em 23 jogos. Naquela noite de quarta-feira, o mais, até então, seria secar o Botafogo, imediatamente atrás, mas com dois compromissos a menos.

O Gama, porém, pisou na bola e levou a virada de placar. Méritos para o treinador cruzeirense Vanderlei Luxemburgo, que mudou o esquema tático de sua rapaziada: de 4-4-2, para 3-5-2. Passou a dominar o meio-de-campo e, aos 13 do segundo tempo, Fábio Júnior reduziu a conta, para 1 x 2. Aos 29, Leandro a igualou e, aos 38, o zagueiro Cris virou para 3 x 2.

Sob apito baiano de Lourival Dias Lima Filho (sem público e renda divulgados), o vexame gamense foi por conta de Pitarelli (Júlio César); Wilson Goiano, Gérson (Marquinhos), Jairo e Rochinha; Nem, Rafael, Lindomar e Anderson; Dimba e Romualdo (Jadson), comandados pelo treinador Sérgio Alexandre. O Cruzeiro teve: Gomes; Ruy ‘Cabeção’, Luisão, Cris e Rondinelli (Marcelo Batatais); Fernando Miguel (Quintana), Paulo Miranda, Leandro e Alex;  Marcelo Ramos (Alessandro) e Fábio Junior.

Veio o 14 de dezembro e o vexame do Periquito foi maior, diante do Atlético-MG. Caiu do galho, goleado, por 4 x 6, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, diante de 15.783 almas – renda de R$ 76.243,00 – que viram, ainda, Romualdo e Jackson serem expulsos de campo.

O Gama levou 0 x 2, aos 15 e aos 43 minutos do primeiro tempo, em gols de Renaldo e de Mancini.  No segundo, diminuiu, por Anderson, aos quatro (1 x 2), mas levou o terceiro, por Renaldo, aos seis (1 x 3). Aos 13, Nem voltou a reduzir o prejuízo (2 x 3), para Rodriguinho empatar, aos 29 (3 x 3). Porém, Kim foi à rede gamense,  aos 33 (3 x 4), seguido por Mancini, aos 36 (3 x 5). Sem aceitar se entregar, o Gama teve Dimba, de pênalti, marcando, aos 41 (4 x 5) e levando o time a tentar novo empate. Mas o juiz Romildo Corrêa-SP, inventou um pênalti para o Galo, aos 48, que Renaldo cobrou e fechou a conta: Gama 4 x 6 Atlético-MG.

Escalado por Sérgio Alexandre, o alviverde gamense alinhou: Pitarelli; Paulo Henrique (Wilson Goiano), Nen, Vinicius e Rochinha; Deda, Anderson, Jackson e Lindomar (Rodriguinho); Romualdo e Dimba. O Atlético-MG, treinado por Geninho, teve: Eduardo; Neguete (Ronildo), Nem (Genalvo) e Edgar (Eraldo); Mancini, Hélcio, Cleison, Paulinho e Michel; Kim, e Renaldo.

Parando nos 22 pontos, o Gama foi rebaixado do Brasileirão, com Botafogo (25), Internacional e Paraná (26) à sua frente. 

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