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Histórias da Bola
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Maracanazo-2

Concidências de pisadas na bola brasileiras após 71 temporadas

Gustavo Mariani

12/07/2021 9h55

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Dizem que raios não caem duas vezes em um mesmo lugar. Certamente, o cientista que lançou esta tese não incluiu o Maracanã nisso. Pra conferir, basta relacionar como se deram as pisadas brasileiras na bola durante os jogos de encerramento da Copa do Mundo-1950 e da Copa América-2021. Vamos lá?

1950 – a federação uruguaia vivia uma terrível crise financeira e quase desistia de enviar a sua rapaziada para o IV Mundial d Futebol. Não trouxe nem médico, tendo pedido ajuda a um – Hílton Gosling – por aqui; a Celeste não era considerada uma das favoritas pra carregar o caneco; marcou o gol do titulo aproveitando falha do lateral-esquerdo Biogode, que não teve cobertura no lance; recebeu, do treinador uruguaio Ondino Viera, que trabalhava no Rio de Janeiro, recomendação para tentar anular o meia Zizinho, que ele via sendo o coração do Brasil; teve em Obdúlio Varela o grande nome da equipe visitante e da partida; o treinador Flávio Costa nada fez para anulá-lo; uma das fotos mais representativas daquele final de competição mostra Danilo Alvim saindo de campo chorando, de dar pena.

2021 – a seleção argentina saíra, recentemente, de crise de falta de paz de espírito, com o comando entregue ao treinador Leonel Scaloni, que acabou com os grupinhos de fofocas; chegou ao Brasil sem trazer favoritismos, mesmo contando com Lionel Messi, o melhor atacante do planeta; marcou o gol do título numa falha do lateral-esquerdo brazuca Renan Lodi, que não teve cobertura no lance; o treinador argentino Leonel Scaloni viu o time brasileiro mostrando-se falho pelo lado esquerdo de sua defesa, o que lhe fez mandar o craque Di Maria jogar por ali, a fim de tentar aproveitar as pixotadas do setor; o meia-campista De Paul, assim como Obdúlio Varela, em 1950, foi o grande nome do seu time e da partida; o treinador Tite nada fez para segurá-lo; uma das cenas mais chocantes após a partida foi Neymar saindo de campo chorando, escandalosamente.

Além disso tudo, o escrete nacional de 1950 tinha o goleiro Moacir Barbosa e o de 2021 o atacante Gabriel Barbosa (foto). Logo, com gente desta familia fica difícil papar derradeiros e decisivos jogos .

Mais? O placar deste 10 de julho – em 1950, foi no 16 de julho – só não ficou nos mesmos 1 x 2 Brasil de passadas 71 temporadas porque o árbitro Esteban Ostojich, um uruguaio, anulou um gol argentino e um brasileiro.

Então! Raios caem, ou não caem no mesmo lugar, se este lugar for o “Maraca”? Como o futebol brasileiro já passou pelos vexames citados diante de uruguaios e argentinos, torçamos para que chilenos e paraguaios não promovam os Maracanazos 3 e 4. Bota fé?

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