Menu
Histórias da Bola
Histórias da Bola

Goiás Aprontador

Arquivo Geral

04/10/2016 10h59

O time do Goiás Esporte Clube registra aprontadas impressionantes em sua história. Três delas são, na verdade, mais do que incríveis. Vejamos:

1 – Noite de 6 de fevereiro de 1974, no Pacaembu-SP. O “Periquito” pregou uma das maiores peças ao “Rei Pelé”, que disputava a sua última temporada pelo “Peixe”. O pega foi do Grupo 2, da 8ª rodada do Brasileirão ainda de 1973. Diante de 27.246 pagantes (renda de Cr$ 288.023,00 antigos cruzeiros), assim que Arnaldo César Coelho ordenou bola rolando, em pouco mais de meia-hora, os santistas abriram 3 x 0, com Nenê nas redes, aos 20, aos 32 e aos 37 minutos. Aos 44, Paghetti fez “umzinho” para os visitantes, mas não parou o anfitrião que, aos 9 da etapa final, fez mais um, com Emílio castigando as próprias redes: 4 x 1, em 54 minutos. Era prenúncio de goleada.

Era! Faltavam 16 minutos para o final da partida, quando Paghetti fez o seu segundo tento. Aos 37, o terceiro. E, aos 90 minutos, Lucinho igualou o placar: 4 x 4. Nemo “Rei” acreditou naquela ousadia da turma do técnico Danilo Alves: Lumumba; Triel, Emílio, Matinha e Cláudio; Tuíra e Hertz; Lucinho, Paghetti, Lincoln e Raimundinho. Confira que timaço o técnico Pepe (José Macia) escalava para o Santos: Cejas; Carlos Alberto Torres, Marinho Peres, Vicente e Zé Carlos; Clodoaldo (Roberto) e Léo Oliveira; Mazinho, Nenê, Pelé e Edu Américo. Inacreditável, mesmo!

2 – Passadas 35 temporadas, em 17 de maio de 2009, pela segunda rodada da fase única do mesmo Brasileirão, o Goiás voltou a pregar uma peça ao “Rei Pelé”. Daquela vez, na santista Vila Belmiro, quando o “Camisa 10” já era só um mero torcedor.

Tudo indicava aos 9. 511 pagantes (renda de R$ 124.651,00) uma vitória santista tranquila. A um minuto, Rodrigo Souto abriu a conta. Aos 9, Kleber Pereira a aumentou, e, aos 11, o mesmo Souto escreveu 3 x 0 no caderninho do árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro. Então, o Goiás fez um, aos 15, por Ramalho. E, assim, ficou o primeiro tempo, como em 1974.

Quando intuiu que o resultado estava definido, Pelé foi embora, chutando uma das maiores bolas fora de sua vida de entrevistado. Disse aos repórteres que, “mesmo por 3 x 1, não foi uma vitória fácil”. Naquele instante, aos 38 minutos da etapa final, Iarley reduziu o choro goiano, para o zagueiro Rafael Toloi transformá-lo em sorriso, aos 42, mandando o garoto do placar anotar: 3 x 3.

Por aquela época, o Santos escalava Neymar, em inícios de carreira no time principal – Fábio Costa; Luizinho, Fabão, Fabiano Eller e Pará; Roberto Brum (Germano), Rodrigo Souto, Paulo Henrique e Madson; Neymar (Maikon Leite) e Kleber Pereira (Alan), dirigidos pelo treinador Vagner Mancini. No Goiás, o técnico Hélio dos Anjos escalou: Harlei; Gomes, Rafael Toloi e Ernando; Fábio Bahia (Felipe Menezes), Amaral, Ramalho, Júlio César e Zé Carlos (Éverton); Iarley e Felipe (Jael).

3 – Um ano antes, o Goiás havia pregado à mesma peça ao Flamengo, pela 37ª rodada do Brasileiro de fase também única. A tarde do 30 de novembro vinha sendo de muita festa da torcida rubro-negra, por conta dos gols marcados por Obina, aos 5 e aos 35, e Juan, aos 28 minutos. Aos 37, de pênalti, Paulo Baier descontou, mas os goianos ainda não preocupavam. Só passaram a meter medo aos 42, quando Ernando deixou 3 x 2 na fatura da etapa inicial.

O que era festa, terminou em mais uma aprontação do time do técnico Hélio dos Anjos, quando Thiago Feltri empatou a pugna, aos 19 do segundo tempo. Os 33.392 pagantes (renda de R$ 567.267,00) pareciam já terem visto aquele filme antes, constatado quando o árbitro brasiliense Sérgio Carvalho encerrou a contenda. A galera saiu calada, em vermelho-e-preto, do Maracanã. Por causa de Bruno; Luizinho (Fierro), Jaílton, Ronaldo Angelim e Juan; Aírton, Toró (Vandinho), Ibson e Kleberson; Marcelinho Paraíba (Everton) e Obina. Eles não seguraram Harley; Ernando, Henrique e Rafael Marques; Vitor, Fernando (Fredson), Fábio Bahia, Paulo Baier e Thiago Feltri; Júlio César (Adriano Gabiru) e Iarley (Alex Terra) – jogaram terra nas asas do Urubu.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado