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Histórias da Bola
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Gama x Paranavaí

Mais uma briga ganha pelo alviverde candango no tapetão da CBF

Gustavo Mariani

12/01/2024 10h21

Foto: Reprodução

O Gama já havia brigado feio com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), quando a entidade máxima do futebol brasileiro tirou cinco pontos do São Paulo, por ter cometido irregularidade diante do Botafogo, e os repassou aos alvinegros cariocas que, com a “gracinha”, salvava-se do rebaixamento e derrubava os gamenses. Mas estes foram à luta, na Justiça Comum, ganharam todas as disputas nos tribunais e, depois, negociaram com a entidade a continuação na elite do futebol brasileiro.

Bom de briga, o Gama encarou outro round, a partir de 4 de fevereiro de 2004, quando foi ao interior do Paraná ficar no 0 x 0 com o Paranavaí, pela Copa do Brasil. Mas o adversário considerou que o lateral-direito gamense Allan estava jogando de forma ilegal, pelo artigo artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, por não constar no Boletim Informativo Diário-BID da CBF, e pediu a eliminação do Periquitão. Só que o atleta ficara no banco dos reservas, e não chegou a tocar na bola.

O Paranavaí ganhou o seu recurso. Então, o advogado gamense Paulo Goyaz, que já havia brigdo com a CBF em 2000, defendeu que Allan não poderia ser considerado “participante da partida”, por não ter saído do banco dos reservas. E conseguiu, em 3 de março de 2004, o efeito suspensivo da vitória do Paranavaí. O presidente do Superior Tribunal de Justia Desportiva, Luiz Zveiter, decidiu que a CBF não poderia marcar Paranavaí x Botafogo até o julgamento final da questão, em 11 de março. E, naquele dia, deu Gama: 6 x 0 no tapetão.

A equipe paranaense foi à Justiça Comum, usando por laranja o Procon de sua cidade – clubes desportivos não poderiam fazê-lo. No 24 de março, data do jogo de ida Gama x Botafogo, o clube paranaense conseguiu vitória, em primeira instância, com a juíza Thereza Figueiredo Barbosa, da 1ª Vara de Precatórias do Distrito Federal, determinou – às 14h34 – o cumprimento da liminar cedida ao Procon de Paranavaí que lacrava os portões do Bezerrão. O Gama foi para a 1ª Vara de Precatórias do DF e apresentou liminar concedida pela 1ª Vara Cível do Rio de Janeiro, garantindo a sua vaga à segunda etapa do Copão. A Justiça, então, determinou, às 18h21, o cumprimento da decisão, e mandou retirar os lacres nos portões do Bezerrão, abertos às 19h32. Segundo o Gama, vendeu-se 3.020 ingressos, mas o estádio aparentava, no mínimo, uns 10 mil apaixonados torcedores gamenses, que excederam-se em emoções, com os 4 x 4 no placar. No jogo de volta, no Maracanã, Gama 3 x 2.

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