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Histórias da Bola
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Futebol candango – 1961

Arquivo Geral

04/12/2016 10h22

O Núcleo Bandeirante, que fora a Cidade Livre, entre 1956 e 1960, durante a construção de Brasília, e mudou de nome, em 1961, comemorava 13 anos. Para marcar o tempo, nada melhor do que um torneio de futebol. Então, Gráfica (do Senado), Flamengo e Brasília (não é o BEC e nem o BFC), ambos de Taguatinga, e o Colombo (anfitrião), marcaram um quadrangular.

Por aquele temo, Brasília era uma “roça iluminada”. Diversão para o povão só mesmo o futebol amador dos finais de semana, nos campos que nem eram gramados, mas no barro duro. E rolou a bola por aquela disputa, em 9 de novembro. O Brasília, com camisas no verde e amarelo, listradas na horizontal, venceu a Gráfica, por 3 x 1 , enquanto o Colombo fez 2 x 0 no Flamenguinho, como a turma chamava o rubro-negro de Taguatinga, que conseguiu ser presenteado com um jogo de camisas pelo xará famoso do Rio de Janeiro.

Brasília x Gráfica começou às 14h30 (com meia hora de atraso), pois temia-se o perigo da outra partida ficar sem o sol a iluminá-la, já que o campo do Colombo não tinha refletores. Era tão amadorzão aquele futebol candango, que o trio de arbitragem dos dois jogos só trocou o juiz, Alaor Ribeiro, por Takewshi Koressawa, que tiveram por bandeirinha Pedro Celestino.

Ainda faltavam duas décadas para o Distrito Federal ter representação política no Congresso Nacional (1987), mas as autoridades já apareciam nessas ocasiões, como naquela, até patrocinando a entrada franca para os torcedores – o pontapé inicial fora do coronel Abeguar Herdy, diretor de futebol da então Federação Desportiva de Brasília.

Por medo da falta dos raios solares no etapa final do segundo duelo, a preliminar teve a etapa inicial com 40 minuto e a outra com 30. Assim deu para o “jogo de fundo” ir aos 90 regulamentares. Quanto a bola rolando, a Gráfica pegou pela frente uma muralha, o goleiro Maracanã, e não visitou o filó No segundo tempo, o treinador do Brasília, Euripedes Bueno, acabou com o inferninho do adversário, pela esquerda, tirando o lateral Rui, que pisava na bola, e mandando Didi colocar ordem na casa. Deu certo. Aos 8 minutos, o Brasília abriu o placar. Jorane lançou e Negão encaçapou. Aos 18, Roberto (centroavante que, depois, foi ídolo do Clube do Remo-PA) aumentou a conta, após tabelinha entre Santos e Negão. Roberto ainda fez o terceiro, em jogada individual, driblando três zagueiros. Aos 25, Paulinho, cobrando pênalti, cometido por Luizinho sobre Cida, descontou o prejuízo.

Maracanã; Rui (Didi), Gildásio, Triste e Getúlio (Luizinho);Nego e Jorrane; Negão, Santos, Roberto e Zé Santana foi o Brasília, que decepcionara durante o returno da Taça Brasília. De suas parte, a Gráfica alinhou: Zé Valter; Ximenes, Garibaldi, César e Maninho; Dazinho (Julinho) e Tião; Carlos Gomes, Cid, Paulinho I, Zezão e Paulinho II.

Colombo x Flamengo-Taguá teve o primeiro sempre melhor, mas só foi à rede no segundo tempo. Aos 23 minutos, da ponta-direita, Paulinho lançou Piritote, que driblou o zagueiro Chiquinho e marcou. Aos 40, Paulinho bateu “córner”, da direita, e Edson cabeceou, em nova falha de Chiquinho.

Sílvio; Quim, Edson, Bi e Tião; Sir Peres e Luizino (Paulista); Paulinho, Evandro, Piritote e Magno (Índio) foram o Colombo, enquanto Índio; Emanuel, Chiquinho, Adorial e Odair (Luís); Alemão e Dirceu (Edson); Cauby, Zé Argenta, Fernando (Jaime) e Edmílson representaram os rubro-negros. E quem foi o campeão do torneio? Assunto para uma outra coluna.

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