Menu
Histórias da Bola
Histórias da Bola

Dois pra lá, dois pra cá

Dois Marco Antônio passaram pela Rua General Almério de Moura: um lateral-esquerdo e um meia-armador. O primeiro foi o Feliciano e o outro o Ribeiro

Gustavo Mariani

08/06/2020 12h42

Atualizada 11/11/2020 16h24

O Feliciano nasceu na paulista Santos, no Dia de Reis – 6 de fevereiro de 1951 – e, realmente, foi um rei em sua posição. Era o melhor do futebol brasileiro, em 1969, quando tornou-se titular da Seleção Brasileira que preparava-se para disputar a primeira Copa do Mundo organizada pelo México – a segunda foi em 1986.

O Marco Feliciano apoiava bem, com rapidez nos contra-ataques, mas tinha uma deficiência: chutava mal a gol. Disparava autênticos mísseis para fora. Dificilmente, mandava a bola pra dentro do arco. 

MA Feliciano adentrou à sede de São Januário, em 1976, e só saiu e do pedaço durante a temporada 1980, quando havia completado 71 partidas e marcado dois gols. Em seu currículo vascaíno foram anotados os títulos de campeão das Taças Guanabara-1976/1977; do Campeonato Carioca-1977; do espanhol Torneio Cidade de Sevilha-1979 e dos também espanhóis Troféus Festa de Elche-1979 e Colombino-1980.

O outro Marco Antônio, o Ribeiro, tinha o apelido de Boiadeiro. Paulista, do município de Paulo de Faria – nascido em 13 de junho de 1965 -, esteve com a Turma da Colina por duas temporadas, as de 1989 e de 1980, tendo disputado 24 prélios e marcado só um gol. Mas, como ele era da armação de jogadas, não tinha tanta obrigação de bater na rede.

 Campeão da Taça Guanabara-1900, mesma temporada em que ajudou a moçada a carregar a Taça Adolpho Bloc, o MA Boiadeiro foi peça importante no time dirigido pelo treinador Nelsinho Rosa, campeão brasileiro-1989 e que disputou a última partida com esta formação: Acácio; Luís Carlos Winck, Quiñones, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Boiadeiro, Bismarck e William; Bebeto e Sorato.   

No seu zoológico futebolístico, o Almirante já colocou dois Pantera: um gaúcho Amauri Vieira, meia-atacante, nascido em Encantado – 11.12.1955 – e o atacante mineiro Osmar Donizete Cândido, natural de Prados – 24.10.1968.

Amauri foi para São Januário por ter marcado um bonito gol contra os vascaínos, jogando pelo Volta Redonda-RJ, em 1980. Na temporada seguinte, já era membro da Turma da Colina, tendo estreado (26.07.1981) em Vasco 1 x 0 Volta Redonda, pelo Estadual, diante de 6.599 pagantes, em São Januário. No dia, entrou no decorrer da partida, substituindo Renato Sá.

Mandado à luta pelo treinador Antônio Lopes, o time do dia teve Mazaroppi; Rosemiro, Orlando Lelé, Ivan e João Luís; Serginho, Dudu Dentão e Renato Sá (Amauri); Wilsinho (Catinha), Roberto Dinamite e Silvinho, o autor do gol.

 Após 31 jogos e nove gols, em 1981, Amauri saiu da Colina, mas voltou, em 1983, para disputar mais disputar mais 12 partidas e deixar mais sete bolas na rede, totalizando 43 prélios e 16 tentos vascaínos – o primeiro (29.07.1981), em Vasco 1 x 0 Olaria, no estádio do adversário à Rua Bariri, com a escalação já citada, masas com este gaúcho barrando Rento Sá, diante de 4.850 pagantes e, igualmente, valendo pelo Estadual-RJ.

Como jogador copeiro, Amauri só ajudou o Vasco da Gama a carregar dois canecos: do Torneio da Ilha de Funchal-PORT (06 a 09.08.1981), e da Taça Ney Cidade Palmeiro (invicto), valendo pelo segundo turno do Estadual-RJ-1981, com finis em 20 de novembro e 2 de dezembro.

O segundo Pantera da Colina teve mais sucesso do que o primeiro. Donizete, só em 1998, foi campeão das Taças Guanabara, Rio e Libertadores, e do Estadual-RJ. Em 1999, da Taça Rio e do Torneio Rio São Paulo. Assim como Amauri, teve, também, duas passagens pelo Vasco da Gama: 1998 a 2000, com 110 jogos e 34 gols, e em 2003, somando mais 18 contendas e três bolas na rede.

Uma coincidência na carreira dos dois atletas: ambos passaram pelo Volta Redonda.

João Paulo

Dois atletas chamados por João Paulo, também, vestiram a camisa vascaína. Um era JP, totalmente, enquanto o outro, nem tanto.

O primeiro era volante, cria das bases e foi profissionalizado, em 2001, quando disputou só duas partidas. Em 2002, fez mais 12, pelo pouco prestigiado Expressinho que disputava o Estadual. Depois, foi emprestado ao paulista Bragantino, que tornou-se uma autêntica filial do Almirante, e até ganhou o apelido de Bragalhau. Em 2003 foi emprestado ao Olaria, e não voltou mais para a Colina.

João Paulo de Castro Teixeira, nascido no 6 de abril de 1981, na mineira Juiz de Fora, estreou nos 2 x 2 Boca Juniors, no La Bombonera, em Buenos Aires, pela Copa Mercosul (atual Copa Sul-Americana), diante do pequeno público de 2.000 pagantes, com o treinador Hélio dos Anjos escalando:  Hélton; Patrício, Odvan, Géder e Gilberto; João Paulo (Wagner), Ricardo Bóvio, Fabiano Eller (Siston) e Léo Lima;  Euller e Léo Macaé (Ely Thadeu).

Detalhe: o zagueiro-zagueiro Odvan abriu o placar daquele prélio, que teve os quatro tentos saídos no segundo tempo.

O outro João Paulo, na verdade, fora registrado por Sérgio Donizete Luiz. Nascido na paulista Campinas, em 9 de julho de 1954, disputou 19 pugnas e contribuiu com um gol vascaíno, este nos também 2 x 2, mas com o América-RJ, pela Copa Rio-1994, em São Januário. Escalado por Sebastião Lazaroni, formou nesta esquadra: Márcio; Cláudio Gomes, Tinho, Amarildo, Ronald e Vianna;  Hernande, Frazão (Cássio) e Preto; Jardel e João Paulo (Igor) 

A estreia de João Paulo pela Turma da Colina foi no mesmo 1994, em  Vasco 3 x 1 Guarani de Campinas, na Colina, diante de 1.894 almas pagueiras, pelo Brasileirão. O time que o Lazaroni escalou no dia teve: Carlos Germano; Pimentel, Ricardo Rocha, Alexandre Torres e Sídney; Leandro, França, Yan e Vítor (Pedro Renato); Valdir Bigode e João Paulo (Jardel).

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado