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Histórias da Bola
Histórias da Bola

Comercial Futebol Clube

Arquivo Geral

15/03/2017 16h51

1 – Pelé não é “rei” só do futebol. Do marketing, também. Tem associado a sua imagem a centenas de produtos, tornando-se um dos divulgadores mais fortes do mundo. Cálculos de analistas do mercado publicitário dizem que a marca do craque valerá R$ 600 milhões, pelas próximas duas décadas. Nesse campo, Pelé é, também, camisa 10. De acordo com revistas especializadas em cifras, ele acumula R$ 30 milhões anuais, anunciando produtos, que já foram de pilhas a tapetes, passando por quase tudo o que já foi para as prateleiras do planeta. E não cobra menos de R$ 2 milhões por anúncio.

2 – Fazer comerciais usando a imagem de Pelé sempre foi “bola na rede”. A holandesa Phllilps, por exemplo, tabelou muito como o “Rei da Bola”, em 1982, jogando com as pilhas amarelinhas. Cheio de felicidade, por ver a sua casa iluminada, na mineirinha Três Corações de 1940, Dondinho homenageou o gênio da lâmpada com o nome de Edson, o seu primeiro filho. E o guri cresceu aceso. Só apagou adversários – no placar.

3 – Nascido para marcara gols – 1.283 em 1.365 partidas –, Pelé já teve, também, de evitar a rede balançar. Em 19 de3 janeiro de 1964, ele vestiu uma camisa toda preta, com mangas compridas, e garantiu a vitória do Santos, por 4 x 3, sobre o Grêmio Porto-Alegrense, valendo vaga nas finais da Taça Brasil, a disputa que levava um time brasileiro à Taça Libertadores. O time santista vencera no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, por 3 x 1, precisando só empatar, no Pacaembu. Os gaúchos chegaram a colocar dois gols de frente, com 14 minutos de emoções. Então, Pelé diminuiu, aos 30, cobrando pênalti, e fez mais dois – aos 58 e aos 85 este último, novamente , batendo penal – , virando o placar para 4 x 3.

A torcida santista já comemorava a classificação, quando o goleiro Gilmar foi expulso de campo, aos 41 minutos do segundo tempo. Pelé que gostava de brincar de goleiro, foi para debaixo das traves. E os gremistas passaram a chutar de qualquer lugar, achando que o “Rei” frangaria fácil. Engano deles. Pelé garantiu a vitória da sua rapaziada, com duas grandes defesas, e foi carregado pelos companheiros, como um herói.

3 – Aquele Sanots x Grêmio-RS foi apitado por Teodoro Nitti e o Santos, treinado por Lula (Luis Alonso Peres), formou com: Gilmar (Pelé); Dalmo, João Carlos (Joel), Haroldo e Geraldino; Lima e Zito; Batista, Coutinho, Pelé e Pepe. Não fora a primeira vez em que Pelé trocara a camisa 10 pela 1. Em 1959, em um compromisso pelo Campeonato Paulista, contra o Comercial de Ribeirão Preto, o goleiro Lalá desmaiou, devido uma pancada na cabeça, e foi ele quem o substituiu.

4 – Pelé voltou ao gol por mais duas oportunidades: em 14 de novembro de 1969, diante do Botafogo da Paraíba, e em 1973, nos Estados Unidos. No Estádio Olímpico de João Pessoa, o Santos vencia, por 2 x 0, amistosamente, quando surgiu u pênalti ao seu favor aos 20 minutos do segundo tempo. Ele bateu ficou com 999 na conta. Para não marcar o tão esperado gol-1000 fora do eixo Rio-São Paulo, o treinador santista, Antoninho, mandou o goleiro Jair Estevão, o Jairzão, simular contusão. Como já esgotara as substituições, Pelé foi para o arco. A última aventura do “Rei” como arqueiro foi em 19 de junho de 1973, no amistoso Santos 3 x 0 um amistoso, contra o Baltimore Bays. Pelé substituiu o goleiro Cláudio.

5 — Aconteceu durante a noite da quarta-feira 20 de março de 1974, em Ceub 1 x 3 Santos, pelo então Campeonato Nacional – hoje, Brasileiro –, no antigo estádio Governador Hélio Prates da Silveira, que depois passou a ser Mané Garrincha. Pelé foi homenageado, antes da pugna, recebendo uma placa, entregue pelo lateral-esquerdo Rildo, seu colega no Santos e na Seleção Brasileira.

No primeiro tempo, os dois times jogaram com muitos passes laterais, sem esquentar a torcida. Mas o “Rei” reinava, procurando o jogo, se deslocando, tentando abrir espaços para os companheiros. Com isso, Emerson Braga e Luís Carlos se viravam na defesa ceubense, já que o meio-de-campo e o ataque ficavam devendo.

6 – O primeiro gol saiu de jogada iniciada pelo “Camisa 10”. Ele, que já havia feito umas três grandes jogadas, recebeu a bola, aproveitou-se de um cochilo do volante ceubense Alencar, livrou-se de Pedro Pradera e lançou Nenê. Livre, pela esquerda de seu ataque, este bateu forte, abriu o placar e furou a rede: 1 x 0. Aos 32, Pelé fez outra grande jogada, para delírio da galera, mas não marcou.

7 – No segundo tempo, o jogo se arrastava, sem emoções, até que, aos 31 minutos, o lateral-direito Hermes serviu Pelé, em seu campo. Ele atravessou a linha divisória do gramado, com bola dominada, passou por Rildo e por Pedrão Pradera. Chegando na cara do goleiro Valdir Apple , quase sem ângulo, mostrou porque era “Rei do Futebol”: aplicou um toque na bola, com o pé esquerdo, mandando-a sobe o corpo caído do camisa um do Ceub. Foi o seu último gol de placa, deixando o placar em: 2 x 0.

8 – Com a tranquila vantagem, o Santos passou a tocar a bola. Mas teve mais: aos 37 minutos, o meia Léo chutou, da intermediária, Valdir atrasou-se no pulo e o “garoto do placar escreveu”: Santos 3 x 0. Como a fatura estava liquidada, aos 37 minutos, o zagueiro santista Oberdan cometeu um pênalti e Gilberto fechou a conta em 3 x 1. O Santos foi: Wilson; Hermes, Oberdan, Vicente e Turcão: Léo, Nenê (Brecha) e Nelsi; Mazinho, Pelé e Edu (Eusébio). Ceub teve: Valdir; Luís Carlos, Pedro Pradera, Emerson e Rildo; Alencar, Rogério Macedo (Gilberto) e Renê; Cardosinho, Juraci (Carlos Roberto) e Dario. Arnaldo César Coelho apitou, auxiliado por Alaor Ribeiro e Carlos do Amaral. Público: 18.868 ingressos vendidos. Com os penetras, houve uns 40 mil presentes. Renda: Cr$ 191.362,00

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