Menu
Histórias da Bola
Histórias da Bola

Ceubgorra

Participação do Ceub nos inícios do seu primeiro Campeonato Brasileiro foi uma autêntica gangorra de resultados

Redação Jornal de Brasília

14/01/2020 13h41

A estreia do Ceub no Campeonato Brasileiro foi pegando a tabela e fazendo dela uma autêntica gangorra. Começou segurando o Botafogo (25.08), com 0 x 0, no já demolido Pelezão, mas no jogo seguinte (29.08) foi ao Paraná levar 1 x 2 Coritiba. Recuperou-se (31.08), de volta ao Pelezão, nos 2 x 1 Figueirense e surpreendeu o campeão mineiro Cruzeiro (05.09), por 2 x 0, novamente, no Pelezão.

Quando setembro chegou, o Ceub (09.09) foi a Campínas-SP, levar 1 x 3 Guarani. Na voltas à Brasília, ficou em cima do muro (11.09) no 0 x 0 Bahia. Passados quatro dias, caiu em Maceió, por 1 x 2 CRB-AL.  A seguiu, em casa, não passou pelo Sport-PE: 1 x 1.

 Até ali, a campanha ceubense não animava, mas, também, não desanimava o torcedor brasiliense: duas vitórias, três empates e três escorregadas. Entre a nona e a 10 rodadas, a rapaziadas repetiu o início da competição, quando empatou uma e perdeu outra. Segurou no 0 x 0 um outro grande (26.09), o São Paulo, e caiu ante o Nacional (29.09), em Manaus: 0 x 1.

 Foi dentro dessas gangorra que o Ceub – duas vitórias, quatro empates e quatro escorregadas – esperou o América, para melhorar a sua campanha. Era noite da quarta-feira, 3 de outubro daquele 1973, quando 4.479 pagantes acreditaram que seria boa coisa sair de casa para ir ao distante Pelezão. Mas se decepcionaram com um primeiro de 0 x 0  escrito no placar. Rigorosamente, só pintou uma chance de gol para cada lado. Do americano, com Edu Coimbra obrigando o goleirão Rogério a fazer duas grandes defesas, enquanto da parte ceubense o meia Cláúdio Garcia (ex-Fluminense) cobrou falta com bola tirando tinta no poste do Diabo – apelido do América.

  Veio o segundo tempo e o garoto do placar não queria nada com o trabalho. Principalmente, porque, do lado ceubense, o centroavante Juraci eras um vexame. Então, os 9 minutos, o treinador João Avelino colocou Dario Paracatu (ex-Vasco, Palmeiras e Fluminense) em seu lugar e o time cresceu. Mas rede balançando a galera só foi ver pelo final da pugna, quanso as duas equipes se davam por satisfeito com o chamado “ôxo” no placar. Quando muitos daqueles que haviam pago Cr$42 mil, 879 cruzeiros para ver o jogo já começavam a ir embora, Xisté tabelou com Dario, que lançou Cláudio, que levou dois zagueiros americanos na conversas e, com o pé esquerdo, a rede a rede e levou o Ceub à sua terceira vitória pelo Campeonato Nacional.

Cláudio fez o gol da vitória, mas o grande nome do time e da partida foi o apoiador Alencar, perfeito no desarme e eficiente na construção de jogada.

Rogério; Cláudio Oliveira, Pedrão Pradera, Adevaldo e Rildo (ex-Botafogo e Santos);  Oldair (ex-Fluminense, Vasco e Atlético-MG)(Rogério), Alencar e Cláudio Garcia; Fernandinho (ex-Vila Nova-GO e Santos), Juraci (Dario ) e Xisté (ex-Palmeiras) foi o Ceub, enquanto o América alinhou: Vanderlei; Cabrita, Alex Alemão, Mareco e Álvaro; Ivo e Tadeu; Expedito, Edu, Sérgio Lima e Mauro – com três vitórias, quatro empates e quatro quedas, a torcida até fazia de contas que entendia a gangorra ceubense

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado