Menu
Histórias da Bola
Histórias da Bola

Ceub no lance

Time que começou em universidade durou cinco temporadas

Gustavo Mariani

28/05/2021 11h41

Criado, em 25 de fevereiro de 1971, como Centro Esportivo Universitário de Brasília, o Ceub filiou-se à Federação Desportiva de Brasília-FDB, no 1º de março da mesma temporada, e passou a chamar-se Ceub Esporte Clube a partir de 1º de março de 1973.

O Ceub ficou famoso por contratar atletas famosos em curva descendente – Cláudio Garcia (Flu), Fio Maravilha (Fla), Oldair Barchi (Vasco), Roberto Dias (SP), Dario Paracatu (Palm), Paíca (Grem-RS) e, Lauro (Cruz-MG), entre outros – o que fez a experiência deles zebrar vários jogoss, derrubando apostadores da Loteria Esportiva, que estava na moda – resultados mais do que surpreendentes: Ceub 2 x 0 Cruzeiro; Ceub 2 x 1 Corinthians, Ceub 1 x 1 Grêmio-RS, em Porto Alegre, e 1 x 1 Portuguesa de Desportos, em São Paulo. Certa vez, o jornal Diário da Tarde, de Belo Horizonte, por sua página humorística esportiva, disse que CEUB significava: Coroas Enganam Us Brasileiros.

Parecia ser verdade, pois, assim como atrapalhava os grandes, o Ceub caia, em casa – 0 x 1 -, diante do pequeno maranhense Moto Clube, por exemplo. Vencendo, ou não, no entanto, o Ceub nunca foi de levar balaiadas. A maior foi 0 x 6 Uberaba-MG, amistosamente, em 23 de julho de 1972, na casa do adversário – Válter Gonçalves apitou e a renda foi de Cr$ 9 mil, 980 cruzeiros – , mas com recuperação rápida, sete dias depois – apitado por Edson Benitez, no Pelezão -, por 3 x 1 Estudiantes, de La Plata-ARG.

O visitante – campeão da Taça Libertadores-1968/69/70 e mundial interclubes/1968 – atuou com time de maioria reservas – Flores, Del Curto, Churdo (Zabala), Recabarren e Martínez; Cardone (Gilli) e Carregado; Garay (Alegre), Moirano, Giachello (Carnero) e Suarez -, o que pouco importou para a torcida ceubense, que preferiu exaltar a primeira vitória internacional de sua equipe – Zé Walter; Aderbal, Cláudio Oliveira, Noel e Serginho; Renê e Paíca; Walmir, Hermes, César e Dinarte (Marco Antônio) e os gols, por Walmir (8 min), Hermes 35) e Dinarte 41). O adversário só descontou, aos 58 e por pênalti (batido por Carregado).

Por aquela época, o Ceub ainda era time amador que começara as suas aventuras contra times de fora de Brasília, em 28 de agosto de 1971, mandando 4 x 2 Mago, de Anápolis-GO – apitado por Raphael de Carvalho, no Pelezão, com gols por Paulinho I (2), Paulo César e Paulinho II – Carlinhos (2) fez os do visitante. Detalhe: o treinador era o ex-árbitro da Fedearção Carioca de Futebol, Gualter Portela Filho, que escalou: Ferrúcio, Afonso, Diógenes, Gaúcho (Sílvio) e Varela; Darse e Carlinhos (Paulinho II); Wilfrido (Paulinho I), Adilson (Cezinha), Paulinho (Marcos) e Paulo César – o Mago teve: Edmar; Luiz Silva, Belém, Ney e Azulão; Zizinho e Nivaldo; Nicolau (Valteci), Careca, Carlinhos e Teles.

O Ceub desistiu do futebol, em 1976, após ter disputado três Brasileiros, por discordar de torneio seletivo à disputa nacional da temporada, quando já havia vencido o primeiro turno e liderava o segundo do Campeonato Candango. O rolo teve várias disputas jurídicas e o time azul-e-laranja não comparecendo ao Pelezão para a sua última partida marcada, no começo de agosto.- uma interessante história, enquanto durou.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado