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Histórias da Bola
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Amistosidade Vasco x Flu

Histórias do grande duelo entre tricolores e cruzmaltinos

Gustavo Mariani

29/03/2022 10h11

Em 1957, o Vasco era o “time a ser batido” no futebol carioca, como o campeãoda temproada anterior.  Primeiramente, a rapaziada saiu pra fazer um giro cucaracha, vencendo seis de  oito jogos disptuados: 2 x 1 e 2 x 1 Nacional-URU;  3 x 2 Colo-Colo-CHI; 4 x 3 Municipal-PER; 1 x 0 Cristal-PER e 3 x 1 Universitário-PER). Estava boa a estatística continental.

Assediado para muitos amistosos, o Almirante colocou a sua esquadra na rota dos jogos bregas, contra timecos interioranos,  disputando sete e vencendo cinco: 10.02.1957 – 2 x 0 Olimpic, de Barbacena-MG; 2 x 0 Combinado Esportivo-Serrano-RS; 17;02.1957 – 3 x 1 São Paulo, de Rio Grande-RS; 19.02.1957 – 4 x 3 Pelotas-RS e 23.02.1957 – 6 x 0 Lajeadense-RS. Rolou, também,  uma parada torta, com 1 x 0 Grêmio Porto-Alegrense (21.02.1957), e empate, por 1 x 1 (07.02.1957), com o combinado Americano-Goytacaz, de Campos-RJ. 

Passada a fase desses 15 amistosos, o Fluminense topou amistosar, em uma quarta-feira (20.03.1957), em São Januário, e levou 4 x 2. Chegou a estar perdendo, por 4 x 0, só pintando na rede quando o Almirante resolveu descansar a sua “cracaiada” e colocar o seu  “jardim de infância” pra correr pelo gramado de sua casa. Aos 11 minutos do primeiro tempo, Válter Marciano, cobrando falta, de fora da área, acertou um míssil balístico na trave. A bola voltou ao gramado, para Vavá engavetá-la: 1 x 0, placar da etapa. Aos 3 da fase final, Pinga pegou rebote dentro da área e embebedou  a maricota: 2 x 0.

Aos 15, Vavá lançou Valter, que avançou e fez uma paradinha, de repente. O marcador passou e ele endereçou a pelota ao canto direito do goleiro tricolor: 3 x 0.  Aos 20, Pinga cobrou um esquinado, uma outra gíria da época. Quase marca gol olímpico. Wilson Moreira, no entanto,  mostrou que tinha cuca legal: 4 x 0 – o Flu descontou, aos 20, por Alecir, e aos 37, por Telê, finalizando pênalti que Robson mandou na trave. O amistoso teve este Vasco: Carlos Alberto Cavalheiro, Kléver  e Viana; Laerte, Orlando e Ortunho (Delcir); Sabará (Lierte), Livinho (Wilson Moreira), Vavá (Vadinho), Valter e Pinga.

 Os brigões Ortunho e Altair foram expulsos de campo, naquele que foi  o 13º amistoso entre cruzmaltinos e tricolores – o primeiro,no domingo 11 de março de 1923, com vitória vascaína, por 3 x 2, no estádio da Rua Figueira de Mello.

Depois, os dois rivais gastaram quatro temporadas pra voltar aos amistosos: em 4 de dezembro de 1927, nas Laranjeiras, a casa tricolor, com nova vitória cruzmaltina: 1 x 0.  Após os dois primeiros, houve mais dois, em 1928, com uma vitória pra cada lado. Em 1929 e em 1930, a história se repetiu, com o Vasco goleando, por 4 x 1, nas Laranjeiras. Em 1931,  mandou nova goleada, dentro da mesma casa: 4 x 0. Aí, então, os rivais entraram em recesso, até 1937, quando houve duas pugnas – cada lado venceu uma –, e o Vasco voltou a golear, por 4 x 0, daquela vez em São Januário.

Por ali rolou uma nova paradinha. A volta levou seis viradas de calendário, com o Vasco excedendo: 6 x 1, em 6 de novembro de 1943, nas Laranjeiras. Era a terceira vez que a rapaziada batia forte dentro do terreno do rival. A seguir, um novo recesso, com o próximo pega em 1947. Então, só 10 anos depois, em 1957, a série continuou, sendo que nestes dois aconteceu uma comemoração para cada lado, como se repetiu, também, em 1959 e em 1962. Com um interregno maior: de 15 anos. Só em 1977 pintou reencontro, reeditado em 1981, ambos vencidos pelos vascaínos. Este foi o último da série, em 28 de fevereiro, o que significa que Vasco e Fluminense abandonaram os amistosos, há quatro décadas.

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