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O prazo de validade do dinizismo pode ser mais curto do que se esperava

Até Neymar foi vaiado e “brindado” com um saco de pipoca na cabeça. A sorte é que Carlo Ancelotti ainda não é uma hipótese totalmente descartada

Marcondes Brito

13/10/2023 7h29

Reprodução TV

Falei ontem aqui na coluna, em tom de brincadeira e ironia, que o Brasil nunca iria se transformar numa Venezuela, e que Fernando Diniz se encarregaria de provar isso.

Mas o Brasil de Fernando Diniz naufragou cedo. Até agora foram três jogos contra adversários fraquíssimos (Bolívia, Peru e Venezuela), e, após uma estreia razoavelmente boa, começou a entrar numa inexplicável depressão técnica.

Contra a Venezuela, nesta quinta-feira (12), foi um deserto de ideias. Do meio para frente, Diniz esboçou, pelo menos no papel, o que ele acha que tem de melhor: Casemiro e Bruno Guimarães como volantes; Rodrygo, Neymar e Vini Jr como responsáveis pela construção de jogadas ofensivas; e Richarlisson como finalizador.

Não deu certo, não. Passamos o jogo inteiro com uma posse de bola superior a 70%, mas sem nenhuma inspiração. Quase não criamos chances de gol, a não ser em chutes de fora da área.

Rodrygo e Vini Jr tiveram atuações vexatórias; Richarlisson é uma piada (por que ele com a camisa 9 e não o artilheiro Tiquinho Soares?), e Neymar passou o jogo inteiro tentando levar um cartão amarelo, certamente para algum compromisso com os “parças”.

O máximo que o nosso camisa 10 conseguiu foi um pacote de pipoca que um torcedor atirou em sua cabeça, no final do vergonhoso empate com a Venezela.

Sobre o dinisismo 

Mas é importante falar sobre o dinisismo, se é que isso realmente existe. O dinisismo tinha a obrigação de encontrar alternativas para furar as duas linhas de 5 que o técnico Fernando Batista montou lá atrás.

O dinizismo não pode se resumir àquela irritante e perigosa saída de bola, que, afinal, não resulta em qualquer benefício para a estratégia de jogo. As vezes um chutão pode ser mais eficiente.

Então, meus caros amigos (as), o prazo de validade do tal dinizismo pode ser muito mais curto do que supúnhamos. A sorte é que Carlo Ancelotti ainda não é uma hipótese totalmente descartada.

Mais sorte ainda é que a Copa do Mundo 2026, que terá 48 participantes, abrirá seis vagas para a América do Sul e mais uma com possibilidade de disputar a repescagem.

Ainda que a CBF colocasse o Santa Cruz com a camisa da Seleção, mesmo assim conseguiríamos, com certeza, uma vaguinha na Copa.

Em tempo: usei o Santinha como exemplo porque o tricolor pernambucano é um time “fora de série”: foi eliminado até da Série D. 

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