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Fala, Torcida
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Grande passo para o título europeu

Vitória do Manchester City sobre o Real Madrid prova que os ingleses são o time a ser batido no futebol mundial. Agora, é hora de sair do quase e levantar a ‘orelhuda’

Thiago Henrique de Morais

19/05/2023 5h00

Atualizada 18/05/2023 16h33

Foto: Paul Ellis/AFP

O Manchester City chegou a sua segunda final de Liga dos Campeões e tem tudo para conquistar o título. Diferentemente da temporada 2020/21, quando a equipe esteve na decisão contra o Chelsea e o duelo tinha um tom de rivalidade interna. Não à toa, acabou perdendo a taça. Mas desta vez, diante da Internazionale de Milão, tende a ser muito diferente.

Claro que o fator anímico devido à pressão em busca da primeira taça europeia de grande porte pode atrapalhar o City na busca por esse tão sonhado título. Mas se o time jogar o mínimo que consegue, irá faturar a taça sem muitas dificuldades. O City hoje, queiram ou não, é a equipe a ser batida no futebol mundial.

A grande parcela deve-se ao técnico Pep Guardiola. Quando o Manchester City caminhava após a sua aquisição, tendo que respeitar o Fair Play financeiro da Premier League, o Barcelona do mesmo treinador já demonstrava seu estilo de jogo inesquecível. Anos depois, apesar de não conseguir o título da Liga dos Campeões com o Bayern de Munique, Guardiola fez com que aquela equipe fosse uma das mais temidas da Europa. E agora com o City, não é diferente.

O maior fator positivo de Guardiola no City é que os jogadores não tiveram que se adequar ao seu estilo, mas o contrário. O time inglês é totalmente distinto do Barcelona, assim como o Bayern de Munique era. Mérito de um dos maiores treinadores da atualidade, que certamente estará no hall dos principais da história – sem a necessidade de comandar uma seleção, como muitos por aí acreditam que seja essencial.

Na partida da última quarta-feira (17), os olhos estavam voltados para um possível número alto de gols da máquina Haaland ou do meia De Bruyne. Mas no 4 a 0, nenhum gol foi do norueguês ou do belga, o que mostra que o time não depende apenas de seus melhores jogadores. Os “operários” foram quem levaram o time à goleada diante do Real Madrid – nada menos que o maior campeão da Liga dos Campeões, com 14 títulos na história. Tudo bem, dois dos três primeiros gols foram assistência de De Bruyne, mas nada que qualquer outro jogador pudesse ter colaborado, ainda mais no estilo de jogo imposto por Guardiola junto ao Manchester City.

Analisando o time da Internazionale de Milão, ainda que possua bons nomes, como Mkhitaryan, Lautaro Martinez e Lukaku, é praticamente impossível ver a equipe italiana sair vencedora deste duelo. Para muitos, a vitória do City sobre o Real Madrid já foi tida como a final antecipada – embora o atual time madrilenho não esteja em seu melhor nível em relação à temporada anterior, quando foi campeão da Champions. Como o técnico não é José Mourinho, um dos maiores algozes de Guardiola, é impensável ver a Inter só se defendendo. Eles terão que jogar tudo – e um pouco mais – para ficar com o título.

Passados 15 anos da aquisição do clube por parte dos bilionários dos Emirados Árabes, o Manchester City tem tudo para conquistar a Europa e escrever o seu nome na história. A equipe já merecia uma sorte melhor em Ligas dos Campeões, como na própria final diante do Chelsea, há dois anos, ou no ano passado, quando foi eliminado pelo mesmo Real Madrid na semifinal com dois gols nos acréscimos. Guardiola, De Bruyne, Haaland e os “operários” terão a chance de levantar a ‘orelhuda’. Se isso não acontecer, será mais uma daquelas peças que o futebol gosta de nos pregar.

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