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Fala, Torcida
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Decisão da Copa do Brasil não tem favorito

Hoje, tanto flamenguistas quanto são-paulinos não estão confiantes com o título

Thiago Henrique de Morais

15/09/2023 5h00

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Flamengo e São Paulo chegam à final da Copa do Brasil em situações bem parecidas. Em uma temporada marcada pelo fracasso para ambos os times, com eliminações precoces nas competições internacionais e sem títulos em seus respectivos estaduais, os finalistas desta temporada têm jogado a responsabilidade do favoritismo um para o outro. Afinal, há favorito? Alguém entra em vantagem, principalmente levando em consideração que as duas equipes não estão em uma boa temporada?

Nos últimos dias, tem sido comum observar os torcedores rubro-negro e tricolores jogando a responsabilidade um para o outro, principalmente quando há um encontro destes em um ambiente, seja qual for ele. O flamenguista, desiludido com a atual temporada e com o recente desempenho do time treinado pelo questionado Jorge Sampaoli, diz que o São Paulo vai “amassar” o Flamengo na decisão, fazendo com que o time paulista, enfim, levante a taça da Copa do Brasil pela primeira vez na história. Por outro lado, os tricolores citam o retrospecto negativo recente em mata-matas, quando chegou a perder a final da Sul-Americana, no ano passado, para o Independiente Del Valle (EQU), e cair na edição desta temporada para a LDU de Quito (EQU), nas quartas de final, mesmo com o favoritismo em mãos. Além disso, por não terem comemorado um título de expressão nacional ou internacional desde 2013, o torcedor são-paulino é bem reticente a aceitar esse favoritismo, jogando-o para o Flamengo.

E as duas premissas são verdadeiras. O Flamengo tem convivido com altos e baixos durante a temporada. Em alguns (poucos) momentos, empolga o torcedor, como na vitória sobre o Botafogo, pelo Brasileirão, há duas semanas. Mas a tônica tem sido de raiva e críticas, como aconteceu na última quarta-feira (13), quando a equipe foi derrotada pelo Athletico-PR, por 3 a 0, em Cariacica (ES). Os torcedores acusam o time de escolher as partidas que desejam ganhar e de fazerem corpo mole em diversas circunstâncias. De serem omissos. Além de questionarem, com razão, o comando técnico de Jorge Sampaoli, que não melhorou o time deixado pelo português Vítor Pereira, demitido no primeiro semestre.

O São Paulo também perdeu no meio de semana para o Internacional, fora de casa, mas de uma maneira menos vexatória, por 2 a 1, de virada. Uma das críticas dos torcedores é que o time comandado por Dorival Júnior não consegue vencer suas partidas como visitante. Uma justificativa válida, já que dos 18 jogos atuando fora do Morumbi sob o comando do atual treinador, a equipe venceu apenas em quatro situações, além de outros sete empates – um deles, inclusive, contra o Flamengo, na reestreia de Lucas Moura, no Maracanã, em 1 a 1. Além disso, os tricolores dizem que o rival deste domingo é um time mais pronto, com melhores peças, usando justamente o argumento dos rubro-negros de que a equipe escolhe os jogos, caso da final de domingo. Sem contar a série negativa de anos sem títulos importantes, como citado anteriormente.

Hoje, tanto flamenguistas quanto são-paulinos não estão confiantes com o título. Algo incomum. Na temporada passada, os rubro-negros estavam confiantes — até demais — contra o Corinthians. O alvinegro paulista até estava tendo um crescimento durante a temporada, conseguindo, inclusive, uma vaga na Libertadores ao fim do ano, mas o rubro-negro acabou conquistando o título.

Assim, com essa situação inusitada, é capaz de vermos um nervosismo sem tamanho de ambos os lados. O Flamengo tenta salvar o ano após fracassos no Mundial de Clubes, Supercopa, Recopa Sul-Americana e Libertadores – além do Brasileiro, com 12 pontos de desvantagem para o líder Botafogo. O São Paulo quer quebrar um longo período de fracassos após os anos dourados entre 2005 a 2008, quando chegou a conquistar, inclusive, um título mundial. E um jogando a responsabilidade para o outro. De fato, não há favorito para essa decisão, dando a sensação de que o campeão será aquele “menos pior”. Torçamos, ao menos, que seja um bom jogo neste domingão.

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