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Do Alto da Torre
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Reajuste da segurança acaba em frustração

Os servidores receberiam uma parcela de 9% em julho de 2023, uma de 4,5% em janeiro de 2024 e a última, de 4,5%, em janeiro de 2025

Eduardo Brito

01/06/2023 19h06

Foto: Divulgação

Com garantias do Planalto de que seria cumprido o acordo para reajuste das forças de segurança pública da capital, a bancada do Distrito Federal seguiu para a sede do governo no final da tarde desta quinta-feira, 1º de julho, certa de que receberia enfim a minuta do projeto para envio ao Congresso. Já estavam até delineadas as duas reuniões que referendariam o reajuste.

Deu uma encrenca geral. Em vez de serem recebidos pelo ministro Alexandre Padilha, encarregado das relações com o Legislativo, os brasilienses se encontraram com o secretário Valmir Prascidelli, ex-deputado petista que não conseguiu se reeleger, e por um técnico, José do Carmo Siqueira.

Deles receberam a informação de que não havia projeto nenhum, mas apenas uma proposta – nunca mencionada antes – para parcelar o reajuste em três vezes. Os servidores receberiam uma parcela de 9% em julho de 2023, uma de 4,5% em janeiro de 2024 e a última, de 4,5%, em janeiro de 2025.

A bancada ficou furiosa. O senador Izalci Lucas disse que “a expectativa nossa era de sair daqui com o projeto sendo já encaminhado para o Congresso, e agora estão parcelando em três vezes”.

Para Izalci, “isso é inadmissível. Queremos os 18%. Se tiver de conversar outra coisa, será em outro momento”. Já o presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz, avaliou que “a vontade do gestor do Fundo Constitucional do DF foi completamente desrespeitada”.

Como fica o jogo agora

A bancada brasiliense rejeitou liminarmente a proposta e o fiador do acordo, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, ficou sem ter o que dizer. Estavam lá os senadores Leila Barros e Izalci Lucas, os deputados federais Rafael Prudente, Erika Kokay, Júlio César e Reginaldo Veras, o presidente Wellington Luiz, e os distritais Jane Klebia, Roosevelt Vilela e João Hermeto.

Como lembraram Leila Barros e Rafael Prudente, o acordo fechado há um mês com representantes do governo federal e o líder no Congresso era de envio, em até 30 dias, das minutas que autorizam o pagamento do reajuste de 18% em uma só parcela, retroativa a maio.

Do jeito que está, um delegado de polícia que hoje ganha R$ 18.177 passará em julho a R$ 19.813, em janeiro de 2024 terá R$ 20.704 e, um ano depois, R$ 21.736.

Até lá, disseram os parlamentares, a inflação prevista já terá devorado tudo isso e mais um pouco. De qualquer forma, haverá nova reunião na segunda-feira, 5. Pelo menos foi o que o governo propôs.

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