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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

PSB pode ser cabeça de chapa no DF

Mais, acredita-se que até já exista um perfil para isso, perfil que coincidiria com o do antigo secretário executivo do Ministério da Justiça

Eduardo Brito

05/02/2024 19h12

Crédito ASCOM/MDICS

Tem um sentido a intensidade das reuniões mantidas pela cúpula do PSB brasiliense. É que, embora ainda faltem quase três anos para as eleições locais, já se trabalha com uma ideia de frente ampla para a sucessão no Buriti e muita gente, dentro do partido, acredita que pode sair de seus filiados o nome do futuro cabeça de chapa.

Mais, acredita-se que até já exista um perfil para isso, perfil que coincidiria com o do antigo secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.

O PSB trabalha unido nesse esforço, tanto assim que, ao ser substituído pelo novo ministro Ricardo Lewandowski, Cappelli foi imediatamente acolhido no guarda-chuva do vice-presidente Geraldo Alckmin. Acaba de ser empossado na presidência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, prometendo o crescimento da indústria nacional.

Sem hostilidade ainda ao PT

Isso não deve ser visto como hostilidade aberta ao PT. O presidente regional do PSB, Rodrigo Dias, mantém contato permanente com caciques petistas, caso do ex-deputado Geraldo Magela. Sabem perfeitamente, porém, que o PT não tem, hoje, candidato natural ao Buriti, após ter concorrido com um indicado do PV na última vez.

Mais, quando os dirigentes do PSB falam em frente ampla, pensam em manter a coalizão de esquerda, mas incluindo a centro-esquerda e até a centro-direita, o que significa o PDT, o SD e até mesmo o PSD, que participa do governo Lula.

Essa frente disputaria a sucessão do governador Ibaneis Rocha contra o candidato oficial, que, na opinião da turma, deve ser a vice-governadora Celina Leão, mas também se poderia ter pela frente uma indicação avulsa da senadora Damares Alves.

Baixa federal

Nada disso ameniza a constatação de que o PSB está em baixa no governo federal. Logo no início do governo Lula o partido chegou a ter três pastas.

Além do Ministério do Desenvolvimento, que coube ao vice Geraldo Alckmin e hoje abriga tanto Cappelli quanto o ex-governador brasiliense Rodrigo Rolemberg, contava com o Ministério da Justiça, de Flávio Dino, e com o de Portos e Aeroportos, importante para o então ministro Márcio França, politicamente originário da região de Santos.

Dino foi para o Supremo e França precisou ceder sua pasta ao Centrão, assumindo a não-pasta do Empreendedorismo, mera ficção. Na filiação do senador Cid Gomes, que reuniu a cúpula do PSB na semana passada, só se falava na retomada de espaços.

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