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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

PL resiste ao novo governo, mas Flávia não

Entre eles estava a ex-ministra Flávia Arruda, do Distrito Federal. No Republicanos, apenas dois dos presentes votaram a favor

Eduardo Brito

21/12/2022 19h52

As bancadas do PL de Bolsonaro e do Republicanos, que o apoiou na reeleição, resistiram a votar a PEC da Transição, desejada por Lula. A proposta de emenda foi aprovada pela Câmara em primeiro turno por 331 a 168 votos, mas o mapa de votação expõe que PL e Republicanos demonstraram persistência na oposição.

Dos 76 deputados do PL, 60 votaram contra a PEC; dos 43 parlamentares do Republicanos, 37 disseram não. O PL teve nove defecções, de deputados que divergiram da orientação partidária e votaram a favor. Entre eles estava a ex-ministra Flávia Arruda, do Distrito Federal. No Republicanos, apenas dois dos presentes votaram a favor.

Esse placar sugere que Lula terá efetivamente uma oposição coesa do PL, que já declarou essa postura. O Republicanos, em nota, havia dito que seria independente, mas a votação da PEC, demonstra que o partido quis passar um recado ao futuro governo. Pode até apoiar, mas isso terá um preço alto – e até agora o partido não recebeu qualquer aceno do time da transição. A advertência, aparentemente funcionou.

No segundo turno o PL se manteve resistente, mas o Republicanos afinou. A maior parte da bancada mudou o voto e a margem de vantagem cresceu nesta quarta-feira, 21. O líder petista Reginaldo Lopes fez até um agradecimento ao presidente republicano Marcos Pereira.

No DF, maioria bolsonarista

Confirmando os sinais dados na última eleição, a maior parte da bancada do Distrito Federal votou contra a PEC da transição. Foi a posição no primeiro turno de Bia Kicis, Celina Leão, Júlio César Ribeiro, Luís Miranda e Paula Belmonte. Cederam ao apelo do governo Lula, além de Flávia Arruda, apenas a petista Érika Kokay e Israel Batista, do PSB.

 Manifestação antidemocrática

De seu lado, a deputada brasiliense Érika Kokay era uma das mais indignadas contra a reação à PEC de Transição. Procurou identificar os votos de oposição a ela com o mais marcante do bolsonarismo-raiz. Para Érika, “quando se vota contra a PEC, vota-se contra o Bolsa Família de 600 reais, contra o que foi aprovado pelo povo brasileiro, e portanto também quer se desrespeitar o resultado das urnas e o resultado eleitoral”.

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