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Do Alto da Torre
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Pazes feitas

Nem se cogitou em aliança entre Leila e Rollemberg nas urnas. Agora, porém, uma mesma cartada econômica levou os dois a se reencontrarem

Eduardo Brito

05/07/2023 20h09

Foto: Agência Senado

Eleita primeira senadora de Brasília em dobradinha do PSB com a frustrada tentativa de reeleição do governador Rodrigo Rollemberg, Leila Barros progressivamente se afastou do antigo mentor.

Eleita em primeiro turno, foi alvo de intrigas de acólitos do governador, que a acusavam, justa ou injustamente de não se esforçar da mesma forma no segundo turno. Mais tarde, discordaram de vez quando a eleição de 2022 entrou na agenda, o que levou Leila a deixar o PSB pelo Cidadania e, depois, pelo PDT.

Nem se cogitou em aliança entre Leila e Rollemberg nas urnas. Agora, porém, uma mesma cartada econômica levou os dois a se reencontrarem, por intermédio do vice-presidente e hoje ministro Geraldo Alckmin, registra o analista político e ex-candidato majoritário do PSOL Francisco Sant’Anna.

É que Leila se tornou relatora, no Senado, de anteprojeto que pretende regular o mercado de carbono, o que em tese pode render ao Brasil a grana decorrente dos chamados créditos de carbono. Do lado do Executivo, quem tratará do assunto é justamente Rollemberg, hoje secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, levado pelo agora correligionário Alckmin.

O jogo é muito mais complicado do que parece, pois se precisa combinar com os russos, ou melhor, com os europeus ocidentais, pois é preciso criar no Brasil um sistema que encaixe com o deles, pois é de lá que virá o dinheiro. Mas nem do lado europeu há definições claras.

Mesmo assim, potencialmente Leila e Rollemberg tocarão a regulamentação de um mercado que até 2030 pode render US$ 100 bilhões.

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