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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Oposição aposta ainda mais no rescaldo

Circula o vídeo do momento em que o presidente Lula levanta às alturas o nome do ex-secretário executivo da Justiça, Ricardo Cappelli

Eduardo Brito

15/04/2024 18h48

Valter Campanato/Agência Brasil

Se para o Buriti a visita presidencial ainda traz repercussões, para o time ligado ao Planalto o rescaldo se tornou muito mais significativo. Circula com insistência o vídeo do momento em que, não mais do que de repente, o presidente Lula levanta às alturas o nome do ex-secretário executivo da Justiça, Ricardo Cappelli.

Lula fazia as saudações formais dos presentes, com títulos, mas sem nomes, quando se deteve, olhou para trás e chamou Cappelli pelo nome. “Gente, e tem o Cappelli, que foi famoso aqui. Quando houve tentativa de golpe, com militar que não queria cumprir decisão, quem foi enfrentar?” perguntou.

“Pois é, o Cappelli reuniu quem prestava, quem era sério, arrumou a casa e, hoje, tem golpista sendo processado, até golpista sendo preso”. Cappelli apenas ria.

Não vai faltar

Gente que sabe das coisas, como o ex-secretário Valdir Oliveira, que dirigiu o Sebrae brasiliense por longo tempo, tirou uma conclusão. “O PSB brasiliense vai ser protagonista na sucessão de 2026 e não vai faltar candidato”, comentou.

Ele se referia, claro, a Ricardo Cappell, seu companheiro de PSB e, com o presidente regional do partido, Rodrigo Dias, interlocutor permanente nas negociações com as legendas que fazem oposição ao Buriti.

Não foi bom para todo mundo

Quem prestou atenção ao discurso do presidente Lula no Sol Nascente também notou: ao contrário do que fez com Cappelli, ele não mencionou o nome do ex-distrital Leandro Grass, o ex-candidato da federação oposicionista ao Buriti e hoje presidente do Iphan. Preferiu citar apenas o nome do órgão para confirmar que estava presente. Mais burburinho entre os presentes mais atentos.

Público não ajudou muito

Antes do início da cerimônia do Sol Nascente, parlamentares do PT e do PSOL chamaram a atenção do público. Max Maciel, Gabriel Magno, Chico Vigilante e Erika Kokay aproveitaram a demora para a entrada do presidente Lula, da vice-governadora do DF e do ministro da Educação, Camilo Santana, para interagir com a reduzida militância presente ao evento por alguns minutos: tiraram fotos, entoaram o clássico refrão Lula-lá com o L nas mãos.

Mais centrado, Leandro Grass aderiu depois, mas devia ter continuado sentado: não houve no público quem interagisse com ele. O problema, na verdade, não era dos parlamentares.

A plateia mais próxima do palanque era composta pela garotada das escolas da região, levada para lá como atividade didática. Para complicar, parte do público, composta por servidores, tinha reivindicações próprias e não se mostrava tão efusiva quanto se esperava.

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