O senador brasiliense Izalci Lucas teve uma conversa franca com o relator do arcabouço fiscal, Omar Aziz, e saiu convicto de que não só o parecer a ser apresentado a curto prazo favorecerá o Distrito Federal, retirando a mutilação do fundo constitucional imposta via emenda da Câmara, como virará o texto final do projeto.
É que, contou Izalci, Omar Aziz está mantendo contatos com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para que esse texto, sem a emenda do fundo seja ratificado em seguida pela própria Câmara.
Essa seria a forma mais simples de resolver o problema, sem necessitar de veto no Planalto. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já deu a entender que aprova a fórmula.
Na CPI das ONGS
Izalci está menos otimista com a CPMI do 8 de janeiro, que ele integra como representante da oposição. Fez questão de comparecer como líder do PSDB a outra CPI que se instalava nesta quarta-feira,14, a CPI das ONGS, para um desabafo.
Dirigindo-se ao recém-eleito da CPI das ONGS, seu correligionário Plínio Valério, manifestou a convicção de que nela haveria condições para participação efetiva de todas as forças políticas. Está furioso porque na CPMI, de que participa, as forças do governo assumiram o controle.
Na votação dos requerimentos de provas a serem recolhidas e pessoas a serem ouvidas, a oposição colaborou e aprovou o listão do governo.
Quando chegou a vez dos requerimentos da oposição, o governo declarou-se em obstrução e barrou tudo. É uma CPMI de cartas marcadas, protestou Izalci.