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Do Alto da Torre
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Na disputa com Lira, Supremo fica com Lula

Só que o entorno do presidente eleito Lula começou a achar que o presidente da Câmara, Arthur Lira, estaria recebendo e pedindo coisas demais

Eduardo Brito

19/12/2022 19h57

Foto: Elaine Menke/Câmara do Deputados

Toda essa discussão pode ser superada a partir da canetada do ministro Gilmar Mendes, em liminar no Supremo Tribunal Federal. É que o acordo desenhado para manter as emendas secretas, ou “de relator”, no orçamento estava costurado entre o novo governo, Congresso e ministros politicamente mais ativos do STF.

Só que o entorno do presidente eleito Lula começou a achar que o presidente da Câmara, Arthur Lira, estaria recebendo e pedindo coisas demais. Além do orçamento secreto, as demandas – de Lira e do Centrão – por cargos no futuro governo cresciam cada vez mais.

A turma de Lula começou a achar que Lira ultrapassaria as concessões já feitas a seu time e formularia novas demanda a cada votação importante que viesse a acontecer no Congresso. A ruptura do entendimento surpreendeu até Arthur Lira, quando o ministro Ricardo Lewandowski, visto como leal a Lula derrubar no Supremo as emendas de relator.

O também ministro Gilmar Mendes, que estava acompanhando o jogo de perto, tomou o lado de Lula e, embora pouco desejoso de desagradar Lira, deu sua canetada para assegurar os recursos do bolsa família e assim zerar o jogo, permitindo que a PEC do gasto seja desconsiderada no futuro imediato.

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